Novela que se arrasta desde que o presidente e seus filhos quiseram tomar o comando do PSL e não conseguiram. Racharam os potes com o dono da legenda, deputado Luciano Bivar e bateram em retirada. Há mais de dois anos! Neste período, não faltaram idas e vindas, anúncios, cancelamentos, convites, especulações, projeções e etc.
Até por isso é mais do que compreensível a cautela do senador catarinense.
Agora se confirmar mesmo a filiação do presidente ao PL, Jorginho ganha mais um reforço na sua incansável sanha para chegar ao governo do Estado.
Correligionários
Ostentar na urna o mesmo número do presidente, especialmente em Santa Catarina, favorecerá o senador. Sem sombra de dúvidas.
Outro efeito imediato da filiação de Bolsonaro ao PL: Esperidião Amin pensará mais duas vezes antes de tentar pela quinta vez chegar ao comando de Santa Catarina.
Aliança em perspectiva
Bolsonaro esteve com um pé e meio no PP, o que certamente levaria o senador progressista a concorrer novamente.
Neste cenário, fica ainda mais viável a possível aliança entre o PL e o PP em Santa Catarina. Jorginho tenta viabilizar a deputada Angela Amin como sua candidata a vice.
Articulação
O anúncio do PL ocorreu depois de reunião entre o presidente nacional do partido, Waldemar da Costa Neto e o presidente da República. Isso depois da carta branca que Waldemar recebeu para negociar a vinda de Bolsonaro. Um dos grandes articuladores foi o próprio Jorginho.
Acordo desfeito
Bolsonaro não se filiaria ao PL se o partido mantivesse o acordo com o PSDB em São Paulo. Ali, João Doria, desafeto do presidente, costurou o apoio do PL ao seu vice governado, Rodrigo Garcia. Segundo Waldemar da Costa Neto, o PL não estará no projeto tucano no estado paulista.