Blog do Prisco
Coluna do dia

A fina sintonia entre Amin e Colombo

A agenda do senador Esperidião Amin e do ex-governador Raimundo Colombo em Criciúma, terça-feira, demonstra a fina sintonia em que estão atuando os dois líderes. Foram ao Sul para uma conversa político-eleitoral com o prefeito Clésio Salvaro, o tucano-mor de Santa Catarina.
Vale ressaltar que nenhum dos dois, Amin e Colombo, está radicalizando na condição de encabeçar uma chapa aliada.
Ocorre que para eles estarem juntos na campanha, a composição precisa ser encabeçada por Esperidião Amin. Ele já é senador e não pensa em fazer como alguns colegas do Norte e do Nordeste, onde um senador em meio de mandato vai buscar novo mandato para dar lugar ao suplente. Na prática, se for eleito novamente, controlará duas cadeiras na Câmara Alta, um acinte, uma vergonha, um absurdo antidemocrático. Aqui em Santa Catarina, no entanto, o nível de politização é outro e não há espaço para este tipo de coronelismo rastaquera.

Na cabeça

Se houver uma composição encabeçada por Colombo, Amin estará fora da chapa. Embora alinhados, os dois enfrentam resistências internas. O senador assistiu, na segunda-feira, a manifestação pública do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, que falou em gratidão a Moisés da Silva durante evento em que esteve ao lado do governador. O deputado Altair Silva, ex-secretário de Agricultura e o deputado Zé Milton, ex-líder do governo, também estão fechados com Moisés.

Tripé contra

Já Colombo tem no caminho interno o trio Julio Garcia, João Rodrigues e Eron Giordani. Em que pese o gesto que praticou na direção do prefeito de Chapecó, eles não falam a mesma língua.

Alta plumagem

Clésio Salvaro, a seu turno, como principal liderança do PSDB, está avaliando o quadro para o futuro encaminhamento tucano: estar com o governador ou com o PP e o PSD na campanha eleitoral.

Ex-amigos

Gelson Merisio acompanha com especial atenção as movimentações nacionais de Paulinho da Força, o deputado que comanda o Solidariedade, partido no qual ele se filiou para este novo momento da carreira: Merisio de esquerda.
O ex-deputado, que foi para o segundo turno da campanha majoritária de 2018, pode até virar candidato ao Senado pelo frentão canhoto em Santa Catarina.

Nicho eleitoral

Neste caso, pode vir a enfrentar um velho conhecido e ex-correligionário. Raimundo Colombo foi candidato ao Senado na chapa encabeçada por Merisio há quatro anos.
Além de adversários ideológicos e de projeto, pode haver o enfrentamento direto entre os dois. A política realmente tem apresentado muito dinamismo ultimamente neste país.

Aumento de ICMS

Com 19 votos a favor e 13 contrários, o plenário da Assembleia Legislativa manteve nesta terça-feira (19) o veto parcial ao Projeto de Lei (PL) 449/2021, que altera cinco leis de natureza tributárias, a maioria delas referentes a benefícios fiscais de ICMS para alimentos e bebidas. Eram necessários 21 votos contrários para a rejeição da matéria.

No muro

No placar da deliberação do veto, as bancadas do PL (exceção feita ao deputado Nilso Berlanda, que se absteve, ou seja, ajudou o governo), do União Brasil e do Novo votaram pela rejeição da matéria.

Fora da orientação

O PL é a segunda maior bancada da Alesc. É o partido do senador Jorginho Mello, pré-candidato a governador e que vê em Moisés da Silva justamente um de seus principais adversários em outubro. A conferir como a abstenção de Nilso Berlanda será tratada internamente.