A folga dos poderes
O recesso dos poderes legislativos país afora deixa o noticiário bem mais tranquilo, sereno.
O Poder Judiciário também está de folga nestes dias. Só quem não para é o Executivo. E ainda bem que é assim.
Lula da Silva, registre-se, não para de viajar. Com ou sem recesso, os roteiros são os mais variados. Ele está a caminho de fechar o sétimo mês do seu terceiro reinado.
O petista já tem soma quase 45 dias fora do país num período de menos de sete meses.
Claro que é importante interagir, abrir fronteiras, parcerias internacionais e por aí vai.
Precisamos, no entanto, de um presidente que saiba se comportar. Isso é básico, preliminar.
Falta comportamento. Dele e da primeira-dama. A dupla carece de um refino minimamente protocolar.
Ostentação
Outro aspecto. Os gastos. Não queremos fazer paralelos, mas o antecessor, Jair Bolsonaro, ficava na embaixada brasileira no exterior, uma situação completamente diferente da atual.
Agora são escolhidos os hotéis e suítes mais caras. Os espaços nem são presidenciais, são reais.
Realeza vermelha
Os gastos são milionários nestas viagens de sua excelência.
Para coroar, temos uma coleção de gafes, de besteiras, de bobagens, de papagaiadas propaladas pelo atual inquilino do Planalto.
Inclassificável
Na última gafe, ele agradeceu a escravidão. O colega presidente que estava junto ficou perplexo, petrificado, mumificado ante tamanha falta de senso. É estarrecedor.
Militantes da pior espécie
Curiosamente, não houve um artista, intelectual ou veículo de mídia marrom, da mídia velhaca, que se manifestasse. Lula é uma vergonha. Para o Brasil e envergonha os brasileiros no exterior.
Lamentável
Voltando ao recesso do Judiciário. O imperador Alexander também viajou. Foi a Roma dar uma palestra. No aeroporto houve o episódio mal esclarecido dos tapas e insultos no terminal italiano.
Registre-se que a coluna considera lamentável, reprovável qualquer tipo de agressão física contra quem quer que seja.
Colheita obrigatória
O que não apaga, naturalmente, a prepotência, arrogância e vaidade de supremas togas. Isso cabe perfeitamente em Alexandre de Moraes. Estão colhendo o que vêm plantando há anos.
Intrigante
A cereja do bolo chegou por último. O xerifão palestrou em Roma, a bela capital da Itália. A iniciativa foi de uma universidade de Goiânia. Mais de 20 palestrantes brasileiros.
Dez deles da própria universidade. O pior de tudo: não se sabe se a suprema toga levou cachê.
Como assim?
E por que esse evento foi no exterior? Poderia ter sido, por óbvio, na própria Capital de Goiás.
A empresa pagou as passagens e as hospedagens de Moraes e de seus familiares? Com a palavra o senhor ministro supremo.
Segue o fio
Mas não para por aí. A universidade em questão foi recentemente condenada a pagar mais de R$ 55 milhões de multa pela Justiça do Rio Grande do Sul.
Quando ela recorrer, aonde o processo vai parar? No STF, integrado pelo ministro-palestrante.
Tudo em casa
A instituição é acusada, ainda, de propagar Fake News. Vejam só. Notícias falsas é o escopo de um dos inquéritos ilegais, imorais e ditatoriais criados por Dias Toffoli e hoje pilotado pelo próprio Moraes.
Viva o Brasil
Trocando em miúdos: a máscara vai caindo a cada dia. O resumo: ele deu uma palestra em Roma, em evento de uma empresa brasileira condenada a pagar multa milionária e acusada de difundir notícias falsas! Durma-se com um barulho desses.