Os prefeitos dos últimos 22 anos de Blumenau estão nas três chapas majoritárias que largam com maior consistência em Santa Catarina. Pela ordem cronológica. Décio Lima, candidato a governador pelo PT; João Paulo Kleinübing (DEM), candidato a vice-governador de Gelson Merisio (PSD) Napoleão Bernardes (PSDB), o vice de Mauro Mariani (MDB).
Os três foram reeleitos para mandatos consecutivos na terceira maior cidade do Estado. Napoleão ficou pouco mais de cinco anos, uma vez que renunciou em 2018 para poder disputar as eleições. Ou seja, necessariamente, Blumenau terá um vice-governador. Devemos assistir a uma disputa acirradíssima pelos votos blumenauenses. No último pleito, a cidade contabilizou 180 mil votos válidos. Pode chegar em torno de 200 mil neste ano, num total de 250 mil eleitores. Será uma disputa preciosa para ver quem leva a melhor: Napoleão, Kleinübing ou Décio.
O PAPEL DO ATUAL PREFEITO
Ao renunciar no final de março, Napoleão Bernardes entregou a prefeitura para seu vice, Mário Hildebrandt, do PSB. O atual prefeito vive uma situação sui generis. Ele apareceu para a vida pública pelas mãos de João Paulo Kleinübing. Foi secretário municipal em diversas pastas nas duas gestões de JPK.
Elegeu-se vereador e foi presidente da Câmara. Acabou escolhido por Napoleão para compor de vice no pleito de 2016. Nesta engenharia, o agora candidato a vice governador pelo PSDB foi muito pressionado pelo senador Dalirio Beber e pelo deputado estadual Marcos Vieira para que Hildrebrandt saísse do PSB e se acomodasse no ninho tucano.
Ocorre que Napoleão havia assumido compromisso com Paulo Bornhausen, líder estadual do PSB, de manter Mário Hildebrandt no partido. E cumpriu, apesar da forte pressão.
Curiosamente, o PSB está com Gelson Merisio, o grande adversário da aliança MDB e PSDB. O prefeito de Blumenau, inclusive, se dá muito bem com Merisio, mas vai trabalhar para Napoleão Bernardes, com quem firmou compromisso, que também será cumprido. Vai ajudar o tucano como vice de Mauro Mariani. Hildebrandt também tem boa relação com Kleinübing, vice de Gelson Merisio, mas não há a menor possibilidade de que ele não esteja 100% com o ex-prefeito que o guindou à condição de vice e agora à de mandatário número 1 de Blumenau.
