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A nova derrota de Fabrício Oliveira

Se houve um político que literalmente saiu pela porta dos fundos neste 1ᵒ de janeiro de 2025, ele atende pelo nome de Fabrício Oliveira, agora ex-prefeito de Balneário Camboriú, cargo que ocupou por oito anos.

Além da péssima escolha e da desastrosa e duvidosa condução da campanha eleitoral, que acabou favorecendo a correta e assertiva campanha da ex-vereadora Juliana Pavan, Fabrício também perdeu a presidência da Câmara de Vereadores no primeiro dia do novo ano.

A escolha da nova mesa diretora ocorreu logo após a posse dos vereadores eleitos de Balneário, ontem à noite.

Marcos Kurtz, do Podemos (em primeiro plano na foto), volta à Presidência. Já exerceu a função entre 2021 e 2022, deixando uma marca de austeridade, transparência e dinamismo na condução do Legislativo municipal.

Interessante, para não dizer outra coisa, é que a suposta bancada de oposição, ou seja, os vereadores ligados ao agora ex-prefeito Fabrício de Oliveira eram a maioria até antes da eleição da mesa. Mesmo assim, Marcos Kurtz, respaldado pela prefeita, venceu Marcelo Achutti, do MDB, por 11 a 8.

Chamou a atenção o voto do vereador Kaká Fernandes, o único dos seis do PL que não seguiu a orientação de Fabrício Oliveira.

 

ALÔ, GOVERNADOR

 

Fabrício Oliveira entrou pra história, virou um case. De como não conduzir uma campanha política para tentar eleger o sucessor. Fez tudo absolutamente errado, além daquilo que está e do que virá a estar sob investigação sob o aspecto eleitoral.

Sem contar decisões administrativas que possam estar em vários armários e escaninhos da prefeitura de Balneário Camboriú e que poderão acabar virando apurações policiais e de outros órgãos como o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do próprio Ministério Público de Santa Catarina.

Neste contexto, é imperioso perguntar: é esse cidadão, Fabrício Oliveira, um derrotado, que tem tudo para ser uma bomba de nitroglicerina pura ambulante, que o governador do Estado vai nomear para a Secretaria de Turismo do Estado, deixando ao relento Catiane Seif, esposa de um senador da República que é tratado como um filho por Jair Bolsonaro?

Se isso acontecer, novamente, como ficou claro na campanha, transparecerá que situações empresariais parecem ter mais peso em algumas decisões que envolvem a política de Balneário Camboriú do que propriamente o peso político e o futuro eleitoral de algumas figuras públicas da cidade.

 

E O PL?

 

Outro aspecto: não tem cabimento um cidadão duplamente derrotado como foi o ex-prefeito Fabrício seguir na presidência do PL municipal. Enquanto o partido não estava nas mãos dele, a sigla foi vice nos dois mandatos de Edson Piriquito e, na sequência, o hoje deputado Carlos Humberto, filiado ao PL, também foi eleito vice-prefeito duas vezes antes de se eleger para uma das 40 vagas da Alesc.

Aliás, nesse período de pujança, o partido estava sob a condução do próprio Carlos Humberto.

A legenda inicia 2025, contudo, absolutamente esfacelada em Balneário Camboriú.

foto>Márcio Gonçalves, CMBC, divulgação

 

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