Segue rendendo, nos bastidores, a declaração de Eduardo Pinho Moreira (D) em apoio à pré-candidatura de Mauro Mariani ao governo no ano que vem.
Além da unidade interna e do congelamento das pretensões internas do prefeito Udo Döhler e do senador Dário Berger, temas já explorados neste espaço, o movimento acabará por empurrar de vez Raimundo Colombo para a aliança com o PP e o PSB.
Depois da tacada do vice, o governador e interlocutores começaram a processar que só restará este caminho. Por quê? Além das tensões e desgastes acumulados na aliança que vem desde 2006, o governador já confidenciou a pessoas próximas que estaria com o PMDB se o candidato do partido fosse o prefeito de Joinville.
Mas Udo dependia umbilicalmente da articulação de Pinho Moreira. Com o alcaide fora do baralho peemedebista, restou este caminho a Colombo.
O novo contexto estadual também tem tudo para levar o governador a renunciar somente no começo de abril do ano que vem. Não faria sentido ele entregar um ano inteiro de governo, renunciando em janeiro, a uma legenda que será sua adversária e de sua coligação na campanha que se avizinha. Ainda mais com o próprio Raimundo Colombo compondo a majoritária como candidato ao Senado.
Tripé
Na convenção do dia 21, quando elegerá nova executiva estadual, definindo também a presidência do partido, o PP pode anunciar que está fechado com o PSD e Gelson Merisio.
Aí já seriam dois partidos aliados. O PSB já se manifestou neste sentido. E o PSD está fechado com o ex-presidente da Alesc.
Reeleição?
A unidade peemedebista e com Eduardo Moreira assumindo em abril do ano que vem como governador, abre-se uma nova perspectiva no PMDB.
O prazo fatal para as convenções homologatórias é 5 de agosto do ano que vem. Significa que ele teria 120 dias no comando do Estado até a definição da nominata e das alianças. Há quem raciocine que Moreira avaliaria a possibilidade de disputar a reeleição. Mauro Mariani concorria ao Senado.
Histórico
Nas últimas três eleições, Eduardo Moreira sempre disputou como candidato a vice. Ou seja, na condição de coadjuvante. Será que vai topar o desafio de encabeçar chapa em 2018?
Foto>Ag. Alesc, divulgação