Manchete

A pandemia política de Moisés da Silva

Situação cada vez mais delicada para Moisés da Silva. A prisão de Douglas Borba, o ex-todo poderoso do governo é algo que impacta na figura do próprio governador, provocando desgaste político sim. Ele era o braço direito do govenador. E agora Borba está preso. Logicamente que abala a imagem de Santa Catarina, uma vez que foi enorme a repercussão nacional do caso. Justamente num estado que prima pela retidão. Isso tudo em plena pandemia.

Foi um movimento perverso, com prática de corrupção, essa que é a grande verdade. O Judiciário também demorou pra entrar em ação, considerando-se que eram muitas as evidencias da participação de Borba e outros também detidos. Fartas situações que já começaram a ganhar contornos de provas materiais.

Mais gente

É preciso investigar de maneira clara, transparente quem mais dentro do governo estava envolvido nisso, independentemente do escalão. Ate porque, se Borba for para delação premiada, pode entregar muita gente. Por isso, é fundamental ver como a Justiça vai reagir daqui em diante.

Teste de fogo

O primeiro movimento pós-prisão é o pedido da CPI para que Douglas Borba compareça à acareação nesta terça, para coloca-lo frente a frente com Helton Zeferino e Márcia Pauli. Ela pediu habeas corpus para não comparecer, o que é  muto estranho.  Estaria devendo alguma coisa?

Nada feito

Na primeira solicitação de prisão pedida pela força-tarefa, a Justiça não concedeu. Determinou depois porque estavam destruindo provas, aquela pedra que cantamos ali atrás. E o que é pior, os envolvidos realizaram grande movimentação bancária.  Foram pelo menos 56 transferências num curto espaço de tempo, o que caracteriza lavagem de dinheiro, valendo-se de pagamento antecipado, sem garantias e sem licitação. Segundo os investigadores, os tais 200 respiradores, que não chegaram e não vão chegar, tiveram sobrepreço de 86% junto à empresa Veigamed.

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Considerando o cumprimento dos mandados de busca e apreensão expedidos, assim com dos mandados de prisão no âmbito da Operação Oxigênio, na tarde deste domingo o juiz Elleston Lissandro Canali, da Vara Criminal da Região Metropolitana de Florianópolis, determinou a retirada do sigilo decretado nos autos. Conforme manifestou o magistrado, é imperioso que se dê ao processo a devida publicidade, permitindo-se o amplo exercício do direito à defesa e também o acesso da imprensa ao conteúdo integral do procedimento.

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