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A polarização do pleito municipal

As eleições em Santa Catarina estão proporcionando algo muito interessante na queda-de-braço entre duas grandes agremiações partidárias, o Partido Liberal e o PSD. Considerando-se os 13 maiores municípios catarinenses, em cinco deles a disputa é acirrada, eletrizante, com destaque para uma em particular, onde os dois principais candidatos estão se alternando na liderança.
Trata-se de Criciúma. Lá a expectativa é grande, porque é uma campanha em que acabou implicando, primeiro, na prisão do prefeito Clésio Salvaro, que continua detido sob denúncias de corrupção.
Segundo, a passagem, na última sexta-feira, estendendo-se até sábado, do ex-presidente Jair Bolsonaro por Criciúma. São dois ingredientes que não podem ser desprezados. Ricardo Guidi esteve sempre à frente nas pesquisas. Até a detenção de Salvaro, acontecimento que gerou impacto no eleitorado criciumense.

Sanfona

Vaguinho tomou a frente e deu um salto, diferença que vem se reduzindo. Ricardo Guidi não retomou a dianteira, mas reduziu substancialmente a diferença. A expectativa aumentou depois da passagem de Bolsonaro.

Tudo aberto

É uma eleição, a de Criciúma, de resultado absolutamente imprevisível. Além da disputa no Sul, há outros municípios onde liberais e pessedistas estão a se digladiar. Na Grande Florianópolis, a corrida é acirrada em São José e Palhoça.

Atual e a ex

O pessedista e prefeito Orvino de Ávila tenta novo mandato contra sua antecessora, a hoje liberal Adeliana Dal Pont. Em Palhoça, o prefeito, igualmente candidato à reeleição, o liberal Eduardo Freccia tem como grande adversário o empresário Luciano Pereira.

Litoral Norte

Em Itajaí, o quadro é semelhante. Robson Coelho enfrenta Osmar Teixeira. Mais um liberal contra um pessedista, mesma situação de Balneário Camboriú, onde Peeter Lee Grando, do PL, é o candidato de situação contra Juliana Pavan, do PSD. Nesses cinco municípios, há um enfrentamento direto entre esses dois partidos.

Final de campeonato

O resultado desse placar, particularmente nesses cinco municípios, vem gerando uma certa ansiedade nas fileiras do PL e nas do PSD.

Recondução

A realidade é bem diferente em Joinville. No maior colégio eleitoral catarinense, o prefeito Adriano Silva, do Novo, nada de braçadas com uma reeleição absolutamente tranquila. Vai liquidar a fatura no primeiro turno.

Capital

Em Florianópolis, a tendência até aqui aponta, também, para a reeleição do prefeito Topázio Silveira Neto já no primeiro turno. Ele é do PSD, tem a vice do PL, mas já está muito claro que vai para o guarda-chuva dos partidos vinculados a Jorginho Mello.

Vale

Em Blumenau, a disputa é entre o liberal Egídio Ferrari e o representante do Novo, Odair Tramontin, que tem um vice do PSD. Diferente de Joinville, onde o Novo não precisou de outro partido para compor a majoritária porque a distância é enorme de Adriano em relação a Sargento Lima, do PL, e a Carlito Merss, do PT.

Oeste

Em Chapecó, João Rodrigues, do PSD, enfrenta apenas o PT. O PL não lançou candidato. Em Lages, Carmen Zanotto, do Cidadania, concorre contra Elizeu Matos, do MDB. A aposta do PSD no Planalto Serrano, Lio Marin, não decolou.

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