Ainda não terminou a novela da fusão da Eletrosul com a companhia gaúcha CGTE, solução encontrada depois que o ministro Onyx Lorenzoni, gaúcho da gema, havia articulado o caminho inverso, com a nanica e falida empresa do estado vizinho absorvendo a gigante federal que tem sede em Florianópolis.
A assembleia geral da Eletrosul está marcada para esta sexta-feira, 30, quando serão avaliados e votados os laudos contábeis das duas empresas. Vale lembrar que o Fórum Parlamentar Catarinense fez grande pressão em Brasília e assegurou a permanência da Eletrosul no território estadual.
O novo presidente da elétrica, general Antônio Carlos Nascimento Krieger, começa a perceber algumas dificuldades nesta equação que visa a fundir as duas companhias.
Até porque, no último semestre – o primeiro de 2019 – a Eletrosul registrou lucro de R$ 265 milhões. Na contramão, a CGTE amargou prejuízo de R$ 341 milhões no mesmo período. São números difíceis de fundir.
Sindicato no circuito
No viés judicial, mais dificuldades à vista. A Intersindical dos eletricitários acionou a Justiça Federal. Pede antecipação de tutela para impedir que a incorporação ocorra antes que o Senado realize audiência pública para discutir a proposta. A data do evento na Câmara Alta ainda não foi definida.
Duas energias
Outro diferencial enorme entre a Eletrosul e a CGTE: a primeira produz energia limpa e sustentável, ao contrário da companhia gaúcha.