Blog do Prisco
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“A prisão de Lula é política”, afirma na tribuna deputado Dirceu Dresch

 Para o líder do PT o objetivo é tirá-lo da eleição presidencial

O líder do PT, deputado estadual Dirceu Dresch, ocupou a  tribuna do Legislativo nesta terça-feira (10) para denunciar que a prisão do ex-presidente Lula se trata de uma condenação política. Ele argumentou que não há provas de crime. “O próprio juiz Sergio Moro afirma  no seu processo que não tem provas. Que Judiciário é esse que não tem provas, mas tem convicções? A quem serve um juiz desses, aonde vai parar a partidarização do Judiciário que rasga o que diz a Constituição? Lula é hoje um preso político.”

Para Dresch, que participou das mobilizações  contra a prisão do ex-presidente em São Bernardo do Campo, a condenação de Lula obedece a uma sequência de fatos iniciado com o impeachment da presidenta Dilma. “É o rito do golpe para tirar um governo voltado para os mais pobres  e entregar a nação aos interesses dos Estados Unidos.  A prisão de Lula é isso, uma perseguição do Judiciário para impedir que o líder de todas as pesquisas volte a governar o Brasil.  Entidades, partidos e meios de comunicação  em  todo o mundo classificam a prisão de Lula como perseguição política  e criticam o desequilíbrio da justiça brasileira.”

Deputado defende  título de Lula

Dresch voltou a criticar a posição do deputado Maurício Eskudlark (PR), que apresentou projeto anulando a cidadania catarinense concedida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Lamento ouvir isso de um delegado, de uma figura que já foi diretor-geral da Polícia Civil. Fico estarrecido com as posições que apoiam o juiz Sergio Moro, que condena sem provas.  Essa defesa sendo feita por alguém que no exercício do cargo deve zelar pela lei e pela Constituição é ainda pior. Lutei quase 40 anos pela justiça, queremos um Judiciário que cumpra a Constituição, que determina que ninguém pode ser preso  antes do trâmite em julgado, mecanismo criado para se evitar injustiças. Lula  tem mais duas instâncias para recursos, o STJ e o STF, para discutir o mérito. Infelizmente no Brasil pós-ditadura temos o primeiro presidente condenado e preso político”, argumentou.