Presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, partiu para o contra-ataque depois de ser indiciado pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Alcatraz. Em sua manifestação oficial, o deputado questionou duramente a atuação dos federais. Chamou de “espetáculo” o cumprimento de mandados no dia 30 de maio deste ano.
Salientou que é inocente e que não há nada que justifique o indiciamento. Júlio Garcia estabeleceu o contraditório até pela condição de principal indiciado no caso e por ser parlamentar e presidente de um poder.
Agora caberá ao Ministério Público e à Justiça Federal se manifestarem. A Polícia Federal cumpriu a missão dela. O MPF tem a competência para arquivar o inquérito ou denunciar o deputado à Justiça. Também poderá pedir novas diligências e investigações à própria PF. Se houver a denúncia, o Judiciário avaliará se aceita ou não as acusações.
Somente em caso de aceitação, por parte do Judiciário, é que ele se tornaria réu. Se isso vai ocorrer, os próximos passos dirão. Esse é o quadro na seara jurídica e judicial.
Respingos
No espectro político, o desgaste na imagem de Júlio Garcia é inapelável. A forte reação dele é uma tentativa de neutralizar parcialmente este prejuízo.
Ressalte-se que as investigações se restringiram, até aqui, aos contratos com empresas de TI. Há quem diga que pode vir por aí uma nova etapa, investigando a atuação de empresas terceirizadas.
Foto>Fábio Queiroz, Ag. Alesc