A partir da próxima quarta-feira, Santa Catarina empossará 21 novos deputados. Serão 16 estreantes na Assembleia Legislativa e cinco novatos na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O grau de renovação é alto, tanto na esfera estadual como na nacional. Por aqui, considerando-se que são 40 cadeiras no total, teremos 40% de novos parlamentares chegando à Casa Legislativa sediada em Florianópolis.
Importante pontuar que apenas três deputados que tentaram a reeleição à Alesc não conseguiram o objetivo: Felipe Estevão (União), João Amin (PP) e Laércio Schuster (União).
O pior desempenho entre o trio foi o de Estevão, que fez menos de 15 mil votos (tinha conseguido 47 mil em 2018, embalado pela onda Bolsonaro), ficando apenas na quarta suplência.
Amin e Schuster também ficaram como suplentes, mas em posições bem mais próximas dos eleitos. Como União Brasil e PP tiveram candidatos ao governo derrotados por Jorginho Mello, são mínimas, pelo menos neste início de governo, as chances de Amin ou Schuster assumirem como deputados.
Quarteto
Já os experientes deputados Milton Hobus (PSD), Romildo Titon (MDB), Moacir Sopelsa (MDB) e Nazareno Martins (Podemos) estão se despedindo do Parlamento por opção. Eles não tentaram novo mandato no ano passado.
Em Brasília
Também deixam a Alesc os não menos experientes Valdir Cobalchini (MDB) e Ismael dos Santos (PSD). Os dois conquistaram vagas entre os 16 federais eleitos em outubro e que vão a Brasília representar Santa Catarina na Câmara Federal.
Senado
Outro experiente e conhecido deputado estadual, Kennedy Nunes (PTB), não renovou o mandato à Alesc. Ele concorreu ao Senado e ficou em quarto lugar. A partir da semana que vem, voltará à condição de cidadão comum.
Na trave
O sexteto Coronel Mocellin (Republicanos), Marlene Fengler (PSD), Ricardo Alba (União), Ada de Luca (MDB), Luiz Fernando Vampiro (MDB) e Bruno Souza (Novo) candidatou-se a deputado federal. Nestes casos, sem sucesso e também por isso dão adeus ao Legislativo catarinense.
Metade
Para a Câmara, metade dos deputados que está terminando o mandato não permanecerá na Capital Federal. Oito se reelegeram entre as 16 vagas.
Emplacou
Vale lembrar que Rogério Peninha Mendonça, um dos mais experientes e atuantes, não tentou novo mandato. Elegeu o sucessor, seu ex-chefe de gabinete, Rafael Pezenti. Ambos são filiados ao MDB.
Não comunicou
Chamou a atenção no resultado que saiu das urnas em 2 de outubro de 2022, o desempenho do jornalista e apresentador Hélio Costa, o mais votado em 2018 (179.307). Ele conquistou apenas 18 mil sufrágios no ano passado.
Senado II
Outro que não permanecerá como deputado federal por tentar a vaga à Câmara Alta foi Celso Maldaner (MDB). Ele ficou em quinto lugar na corrida ao Senado.
Sem sucesso
O quarteto Rodrigo Coelho (Podemos), Angela Amin (PP), Darci de Matos (PSD) e Coronel Armando (PL) buscou a reeleição. Mas não obtiveram os votos necessários. Angela Amin, registre-se, muito provavelmente está se despedindo da vida política e eleitoral depois de décadas de mandatos bem sucedidos.
Ficará
Por fim, a tucana Geovania de Sá, que também não se reelegeu pelo número de votos, permanecerá, pelo menos por enquanto, na Câmara. Ela ficou como primeira suplente da federação PSDB/Cidadania, que reelegeu Carmen Zanotto. A eleita já assumiu a Secretaria de Estado da Saúde, abrindo espaço para Geovania em Brasília.