Coluna do dia

A resistência do PP

Eterno secretário-geral do PP catarinense, Aldo Rosa fez um balanço do resultado eleitoral de primeiro turno. E constatou que seu partido é um sobrevivente, uma legenda resistente mesmo após décadas longe do poder.

O partido fez 46 prefeitos, a terceira melhor votação, só atrás do PMDB e do PSD. Elegeu 495 vereadores, ficando apenas atrás do Manda Brasa e superando os pessedistas. Os progressistas lideram o quesito eleição de vice-prefeitos no pleito do dia 2. Rosa também fez a leitura do que saiu das urnas nas 20 maiores cidades. Nas três principais, o partido está no segundo turno na Capital. Nas outras dezessete, elegendo o prefeito, o vice ou apoiando o mandatário eleito, o PP sagrou-se vitorioso em 10 municípios.

O resultado enaltece, sob a ótica do secretário-geral, a musculatura da legenda, que não sabe o que é ser governo do Estado há 14 anos, por exemplo. Aldo Rosa lembra que, nos últimos 30 anos, o PP só pilotou Santa Catarina em oito anos, considerando-se os mandatos de Vilson Kleinübing e de Esperidião Amin (o segundo). Como 2018 é logo ali, as leituras, e articulações, vão se multiplicar daqui por diante.

 

Manda Brasa                                                                                                                      

No período citado por Aldo Rosa, o PMDB governou 16 anos (e o PSD está completando o sexto ano para chegar a oito). Foram oito anos com Luiz Henrique da Silveira, quatro anos de Paulo Afonso Vieira e os quatro de Pedro Ivo Campos (completados por Casildo Maldaner). Lembrando, ainda, que o Manda Brasa é o arqui-inimigo do PP em Santa Catarina. A leitura de Aldo é relevante. Não é fácil manter um partido de pé, com força política, neste contexto. Basta olhar para a situação do PP nacional e do próprio PT.

 

Nova liderança

Em Mafra, Wellington Bielecki conquistou a reeleição para prefeito. Mas desta vez de forma direta. Ele se elegeu indiretamente (quando os vereadores votam) em 2015, após a cassação de Roberto Scholze. No dia 2 de outubro, o alcaide foi às urnas contra o pai do rival, Carlos Roberto Scholze, que já havia sido eleito prefeito em duas oportunidades.

 

Arrasador

E o desempenho não poderia ter sido melhor. Bielecki fez a maior diferença proporcional em Santa Catarina na eleição municipal. Conquistou 88,19% dos votos válidos, contra 11,8% do oponente. Ligado a Gelson Merísio e contando com a simpatia de Raimundo Colombo, que o nomeou presidente do Badesc, Wellington Bielecki agora se consolida como liderança que desponta no Planalto Norte e também no contexto do PSD.

 

Vitrine

No contexto da renovação política, também gera expectativa a vitória do jovem Fabrício Oliveira em Balneário Camboriú, derrotando numa só tacada os caciques políticos locais Leonel Pavan e Edson Piriquito, que rivalizam há décadas.  Se fizer um bom primeiro mandato, Oliveira pavimenta a possibilidade de reeleição e depois pode até sonhar com voos mais altos. Balneário Camboriú é uma vitrine nacional.

 

Aleluia!

O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, em reunião nesta quarta-feira com o coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, senador Dalirio Beber (PSDB-SC), e com a deputada Carmen Zanotto, garantiu que há vontade política e urgência para a revisão da lei 13.273/2016, que altera os limites do Parque Nacional de São Joaquim.

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