O PSD de Criciúma entrou com uma ação eleitoral contra o candidato do PL à Prefeitura, o deputado federal licenciado Ricardo Guidi (E).
Ele que, aliás, já foi filiado do PSD e agora disputa contra um pessedista. Até aí nada demais. Tanto no contexto partidário como no jurídico. Faz parte do jogo.
O que está gerando estranheza para quem é do ramo é o fato do comando pessedista ter mandado incluir o deputado federal Darci de Matos (D), no exercício do mandato, na ação. Ele é das hostes pessedistas, mas está sim apoiando a campanha de Guidi.
Matos vive a expectativa de ser efetivado caso Guidi se torne prefeito da maior cidade do Sul catarinense.
O PSD, não custa lembrar, ignorou Matos olimpicamente quando fritou Ricardo Guidi, que buscou abrigo no PL. O nome pessedista à prefeitura, ainda bem antes de Guidi deixar a legenda, foi imposto pelo prefeito Clésio Salvaro com o apoio da cúpula estadual. Guidi era nome natural e presidia o partido no município.
Aliás, Salvaro e seu grupo também mudaram de partido, saindo do PSDB para o PSD. Isso em 2023 já projetando o pleito municipal deste ano.
Obviamente que depois dessa, Darci de Matos não tem mais o menor clima para permanecer no PSD.
Não é mais uma questão de se, mas de quando ele vai cair fora da sigla. E será na direção de algum partido dentro do arco de alianças controlado pelo governador, tendo à frente o PL.
Outro que está apoiando Ricardo Guidi é Ismael do Santos, também deputado federal e filiado ao PSD. Os dois eram colegas de Câmara até pouco tempo atrás.
E agora, os pessedistas vão entrar com ação também contra Ismael? Eles já perderam Ricardo Guidi, que é federal; estão colocando Darci de Matos para correr e vão empurrar Ismael também para fora das fileiras pessedistas?
Outro aspecto a ser considerado: até a boca das convenções homologatórias, a mulher de Ismael dos Santos estava mapeada para ser vice de Odair Tramontin, do Novo, em Blumenau, que é apoiado pelo PSD estadual. O deputado entrou no circuito e não permitiu que sua esposa embarcasse nessa canoa. O que demonstra que o ambiente não é dos melhores.
Ao fim e ao cabo, o PSD-SC corre o risco de ficar sem qualquer deputado federal a partir da janela de março de 2026, assim como já está sem senador. O partido tem apenas três deputados estaduais.
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