Expirou o prazo de 30 dias para que o PSD reivindicasse o mandato do deputado federal Ricardo Guidi. Ele está licenciado e pilota a Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde do Estado.
O parlamentar chegou a Brasília filiado ao PSD, reeleito que foi à Câmara pela mesma legenda, mas buscou abrigo, em meio à janela partidária, no PL.
Com a ficha abonada pelo governador Jorginho Mello, já que o PSD inviabilizou sua pretensão de candidatura na maior cidade do Sul, cozinhando em banho-maria o seu nome e depois o atropelando, enquanto os pessedistas fecharam com o ungido pelo prefeito Clésio Salvaro. Primeiro com Arleu da Silveira e agora apoiando Vaguinho Espíndola.
Quem poderia pedir, requisitar o mandato de Guidi? A direção nacional, que não o fez. O Ministério Público Eleitoral, que também não o fez e, finalmente, o primeiro suplente, Darci de Matos. Que igualmente não recorreu ao Judiciário para degolar Guidi.
Continua deputado
Como nenhum dos três tomou essa iniciativa, não existe a menor possibilidade de ele perder o mandato pela troca partidária. Caso perca o pleito em Criciúma, Ricardo Guidi retornará a Brasília para a continuidade do mandato.
Liderança
Muito embora as pesquisas o apontem, nesse momento, como franco favorito. Agora, imaginem como se sentiu Darci de Matos na condição de primeiro suplente. O joinvilense foi olimpicamente ignorado pelo seu próprio partido.
Ascensão
Todos sabiam que com Guidi eleito, Darci seria efetivado na Câmara. A partir do momento em que o PSD atropelou o deputado federal também frustrou as expectativas do primeiro suplente. Que agora poderá ser efetivado, mas dependendo exclusivamente do resultado eleitoral de Ricardo Guidi.
Zerado
Ou seja, Darci de Matos não deve mais nada ao PSD. Inclusive, sem se expor, evidentemente, ele vai trabalhar pela eleição de Ricardo Guidi, que implicaria no seu retorno definitivo à Câmara Federal.
Intimidade
Ele que cumpriu mandato na legislatura anterior e é intimamente ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira. O PSD acabou batendo cabeça nesse processo.
Perda
De repente, mais lá à frente, o partido poderá perder esse deputado federal, ficando apenas com Ismael dos Santos. Afinal de contas, o que faria Darci continuar no PSD, se foi simplesmente ignorado?
Dança das cadeiras
Teremos eleição em 6 de outubro. Alguns deputados federais irão disputar e seguramente teremos uma nova configuração partidária, considerando-se os 16 federais que representam SC na Câmara. A começar pelo próprio Darci de Matos.
Serrana
Carmen Zanotto, elegendo-se em Lages, efetivaria a criciumense Geovania de Sá. Na hipotética eleição de Guidi, a cidade do Sul perde ele em Brasília, mas pode ganhar Geovania.
Petistas
Não está descartada uma candidatura de Pedro Uczai em Chapecó e também de Ana Paula Lima em Blumenau. Embora ambos com sérias dificuldades eleitorais. São as evoluções que vão provocar modificações nas composições partidárias.
Alesc
Aqui só falamos de Brasília. No Legislativo catarinense, também haverá vários deputados estaduais disputando o pleito municipal.