A iluminação pública no Brasil corresponde ao segundo maior gasto público, conforme dados da Eletrobrás, além de ser responsável por a aproximadamente 4,5% da demanda nacional e a 3% do consumo total de energia elétrica do país.
Com tantos recursos voltados à iluminação urbana, os avanços tecnológicos começam a ser pensados como soluções para este setor. Mesmo que os esforços governamentais para gerir essa política pública pareçam ainda ínfimos, algumas prefeituras têm reconhecido a necessidade de investimentos para modernizar as luminárias das ruas.
Primeiro, a tecnologia em LED surgiu como alternativa de economia. O diodo emissor de luz possui potencia luminosa com alcance maior que as lâmpadas tradicionais e proporciona relevante economia de até 50%. A novidade tomou lugar na pauta de muitos centros administrativos, mesmo que ainda tenha conquistado um espaço tímido.
Como se não bastasse, os avanços tecnológicos permitiram que essas luminárias pudessem ser telemonitoradas, evitando ainda mais o desperdício nos cofres públicos. O monitoramento acontece em tempo real, de modo remoto, por meio de computador ou qualquer dispositivo que tenha acesso à rede.
O sistema pode ser usado para identificar falhas de funcionamento, assim como para controlar a intensidade luminosa das lâmpadas, ajudando a reduzir o consumo de energia em horários específicos. Também é possível ligar e desligar a luz de uma determinada luminária, ou mesmo de uma rua inteira.
A novidade ainda está chegando ao mercado e poucas cidades brasileiras investiram na modernização. Blumenau, em Santa Catarina, foi uma das que apostou na tecnologia em 2017 e substituiu as luminárias das principais ruas da cidade, buscando pela eficiência do sistema.
Se o exemplo dos catarinenses correr pelo país, quem sabe, em breve teremos cidades completamente digitais, com a gestão de recursos consciente e pensado realmente no benefício da população.
Janir Marcelino, gerente de contrato da SQE LUZ em Blumenau.
