Dando voz ao que pensam muitos prefeitos e deputados estaduais catarinenses, o presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) e prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli; e o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, colocaram o dedo na ferida: urge um novo pacto federativo, que possibilite que o dinheiro dos pagadores de impostos seja melhor distribuído entre os entes federados (União, estados e municípios), combinado com as reformas estruturantes.
Ponticelli destacou duas mudanças basilares: a Previdenciária, em estágio mais avançado; e a Tributária, ainda embrionária, mas não menos polêmica. Ex-deputado, político experiente, o prefeito tubaronense assinalou: “Ou elas (as transformações) acontecem agora com debate claro nacional e atenção as demandas dos municípios brasileiros ou continuaremos agonizando.”
Não menos experiente, Júlio Garcia considera a reestruturação das relações federadas como mais urgente até mesmo do que a reforma Tributária. O deputado aproveitou para reafirmar a posição de independência do Legislativo em relação ao Executivo. Não é de hoje que ele e Moisés da Silva tem divergências bem definidas.
As manifestações ocorreram durante o Congresso de Prefeitos da Fecam, encerrado nesta quinta-feira.
FRASE
“A nossa contribuição com as grandes tarefas é ajudar o governo, a sociedade, Santa Catarina, não é apenas carimbando e sancionando os projetos do governo. Nós temos que melhorá-los, modificá-los quando necessários e rejeitá-los quando não são bons. O governo tem a sua visão. Nós, da Alesc, temos que captar o sentimento geral da sociedade, interpretá-los e decidir no parlamento, de forma democrática o que é o melhor para o estado. A democracia é bonita por isso.” Júlio Garcia, presidente da Alesc
foto>Daniel Conzi, Ag. Alesc