Destaques

A vez de Aldo Schneider

O MDB volta, nesta terça-feira, ao comando da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Aldo Schneider, parlamentar de segundo mandato, com atuação destacada, será eleito pelos seus pares após a renúncia de Silvio Dreveck (Progressistas), que pilotou a Casa no ano passado.

O mandato é de dois anos, mas o acordo firmado para a eleição no começo de 2017 estabeleceu a transição que se concretizará hoje.

O último presidente do Parlamento que pertencia ao PMDB e que fez uma gestão plena foi Juarez Furtado, em 1987. Trinta e um anos atrás, portanto. Faz tempo.

Aldo Schneider é reconhecido hoje em todas as bancadas como uma das principais lideranças políticas do Estado. Assertivo, conciliador e de conduta reta, tem tudo para fazer uma excelente gestão. Ele foi vereador por Ibirama. Sobressaiu-se pela atuação em favor da emancipação do então Distrito de Vitor Meireles. Foi o primeiro prefeito da cidade, que ele também administrou em outras duas oportunidades. Servidor da Fazenda estadual, Schneider atuou como secretário de Estado da Regional de Ibirama, de 2003 a 2010, quando chegou ao Parlamento estadual.

História

Em 3 de fevereiro de 2014, outro peemedebista, Romildo Titon, foi eleito presidente da Alesc. Acabou afastado do cargo, pelo Judiciário, 23 dias depois, em um imbróglio que se arrastou durante todo aquele ano e o impediu de cravar o nome na história como um gestor anual do Parlamento. Em 2014, Joares Ponticelli (Progressistas), hoje prefeito de Tubarão, presidiu a Casa a maior parte do tempo. Titon segue como deputado estadual.

Sucessão

Caso se confirme a renúncia de Raimundo Colombo, em abril, Aldo Schneider, como presidente da Alesc, será o segundo na linha sucessória estadual. Isso porque Santa Catarina ficará sem a figura do vice, hoje nas mãos de Eduardo Pinho Moreira. O também emedebista assumirá definitivamente com a renúncia do governador.

Olhos no STF

Expectativa nos meios políticos de SC em relação ao julgamento do deputado federal João Rodrigues, nesta terça, pela Primeira Turma do STF. Ele responde por irregularidades no processo licitatório para a compra de uma retroescavadeira quando era vice-prefeito de Pinhalzinho, em 1999. A relatoria é do ministro Luiz Fux. Rodrigues foi condenado no TRF-4, em Porto Alegre.

Reflexos eleitorais

O resultado do julgamento do recurso da defesa do parlamentar junto ao STF tem relação direta com o processo sucessório estadual. João Rodrigues não é nome para a cabeça de chapa, mas é opção para uma composição majoritária. Vai depender de que tipo de aliança será firmada em agosto, envolvendo o PSD.

Projeção

Nos bastidores, projeta-se que a condenação deve ser mantida, mas que pode haver o entendimento de que a pena já prescreveu, o que livraria Rodrigues de ir para a cadeia e de ficar inelegível.

De qualquer forma, o deputado federal gravou um vídeo, que circula fácil pelo WhatsApp e outras redes sociais, afirmando que irá encerrar a carreira política se for condenado.

Opção pela reeleição

Mesmo que prevaleça a projeção de que a hipotética pena já teria prescrevido, se o parlamentar for condenado, fica confirmada a culpa, o que inviabilizaria, da mesma forma, sua presença em uma chapa majoritária por motivos óbvios.

 

 

 

 

 

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