Manchete

Ação e reação

A sexta-feira e o fim de semana foram movimentados na política catarinense. Na quinta à noite, Moisés da Silva recebeu 95% dos prefeitos do PP catarinense, todos entusiasmados para agradecer o apoio que o governo vem dando às suas gestões, mediante convênios e liberação de recursos. Todos deixaram muito claro que querem respaldar a candidatura do governador à reeleição.

Entretanto, também foi dito durante o encontro que os progressistas não querem afrontar ninguém, numa clara alusão à liderança do senador Esperidião Amin. O governador foi discreto, mais ouviu do que falou.
Menos de 12 horas depois, Amin deu a resposta. Chamou Jorginho Mello (PL) para um almoço. O ex-governador sempre evitou maior proximidade com o colega do PL. Importante registrar que os dois nunca tiveram grande afinidade e simpatia um pelo outro.
Uma aproximação eleliteral com o candidato do PL não agrada intimamente a Esperidião Amin. Mas ele precisava reagir. E sentou com Jorginho. Depois da conversa, as assessorias liberaram fotos e um texto na rede social do progressista. Nada conclusivo, evidentemente, mas o canal está aberto com vistas ao pleito deste ano. Por ora, os dois projetos majoritários estão preservados, capitaneados pelos dois senadores dentro de seus partidos.

Bolsonarismo

Amin chegou a declarar que ele e Mello são os dois únicos candidatos que representam Jair Bolsonaro em Santa Catarina.

Frase de efeito

Faz parte do jogo, mas não é bem assim. É difícil dizer quem é dono do apoio político a um cidadão que realmente tem muita força e prestígio em Santa Catarina, o estado mais bolsonarista do país e conservador por excelência. Não por acaso, e apesar de décadas de descaso federal, o estado é o melhor deste país para se viver.

Afinidades

Voltando à frase de Amin. Ela é de efeito, mas não traduz a realidade. Antídio Lunelli (MDB), por exemplo, antes de entrar para a política fez contato com o então deputado Jair Bolsonaro e mantém um canal de interlocução com o atual presidente. O ex-prefeito de Jaraguá tem boa relação com o chefe do Executivo nacional, que já esteve na cidade do Norte inclusive.

Alinhamento

Antídio não poderá delcarar apoio a Bolsoanro ali adiante? Obviamente que sim. À divindade petista é que ele não vai manifestar respaldo.

Resquícios

Moisés da Silva, embora tenha se afastado de Bolsonaro e feito tentativas, sem sucesso, de reatar politicamente com o presidente, também poderá tentar capitalizar nas eleições, respaldando o presidente em seu projeto de reeleição. Foi Jair Bolsonaro e sua onda conservadora que guindaram o atual governador ao cargo.

Alô, alô

Esperidião Amin mandou um recado aos prefeitos. Ele sabe muito bem que está vulnerável no PP assim como esteve Raimundo Colombo no PSD. O pessedista jogou a toalha e declarou apoio a Gean Loureiro.

Tudo em família

Amin tem o apoio somente da mulher (deputada federal) e do filho (deputado estadual); e de meia dúzia de prefeitos do seu partido. Os outros dois parlamentares do PP, Zé Milton e Altair Silva, são governistas e estão com Moisés.

FRASE

Esperidião Amin valeu-se do ensejo e deu uma bela estocada em Jorge Bornhausen, Julio Garcia e Gean Loureiro. “Quero saber quando eles vão recepcionar no aeroporto o deputado Luciano Bivar (UB-PE), candidato a presidente da República pelo União Brasil. Ou preferem apenas o PIX?”

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