Coluna do dia

Ação e reação

Ação e reação

Ausente da votação da reforma administrativa federal, na quarta-feira à noite, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), um dos vice-líderes do governo e amigo pessoal de Jair Bolsonaro, foi surpreendido na manhã do dia seguinte por um post do vereador Carlos Bolsonaro, o zero dois ou pitbull, como o presidente o chama.

Escreveu o pitbull: “O deputado Peninha não votou para manter o COAF no Ministério da Justiça? Dessa eu não sabia!”  O catarinense não compareceu à votação que, além de aprovar a redução de ministérios, também retirou o COAF, órgão de controle financeiro e combate à corrupção, do Ministério da Justiça, uma derrota para o Planalto.

Peninha reagiu de forma dura, num longo texto. Justificou a ausência porque teve dores no tendão de Aquiles, que está machucado desde um acidente em outubro do ano passado. Escreveu o catarinense: “Carlos, gosto muito de você, mas algumas atitudes suas não ajudam em NADA o governo do seu pai”. E mais: “E não me diga que foi apenas uma pergunta inocente feita em rede social, Carlos. Se você quisesse mesmo saber, teria feito contato comigo. Seus objetivos são outros. Tenho sido um soldado do seu pai há muitos anos.”

Carlos Bolsonaro vem se notabilizando por atacar ministros, congressistas, empresários, enfim, gerando crises via twitter e outras redes sociais.

No Sul

Ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, esteve em Criciúma sexta-feira de manhã. Fez algumas visitas e participou da reunião do Fórum Parlamentar Catarinense. Enalteceu aspectos da cultura e da economia catarinense, recebeu várias demandas, sobretudo na área de geração de energia limpa e de previsibilidade jurídica para o setor, mas não fez qualquer anúncio concreto.

Mordaça

A decisão da Câmara dos Deputados de manter as atuais atribuições dos auditores fiscais da Receita Federal foi comemorada  em Santa Catarina. A chamada “Emenda da Mordaça”, que alterava a Medida Provisória 870/2019, limitaria a ação da categoria aos crimes tributários e os impediria de colaborar em investigações de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. Na prática, operações como Lava-Jato, Zelotes e Calicute seriam prejudicadas sem o apoio dos auditores fiscais da Receita Federal.

Bom senso

Para o presidente do Sindifisco Nacional/Delegacia Sindical de Florianópolis, Carlos Alberto Silva Pinto, prevaleceu o bom senso dos parlamentares. “Silenciar os auditores fiscais seria o mesmo que dar aval ao crime organizado e aos crimes que identificamos em nosso dia a dia e comunicamos ao Ministério Público e à Polícia Federal”, disse o presidente. Na última terça-feira (21), auditores fiscais de todo o Brasil participaram do “Dia Nacional Contra a Mordaça”, ato que em Florianópolis reuniu cerca de 80 profissionais. A categoria havia ainda protocolado manifesto contra a mudança no Ministério da Economia.

 Endosso

O senador Esperidião Amin usou a tribuna do plenário do Senado Federal  para afirmar que já subscreveu o destaque para que o Senado aprecie a questão de locação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Justiça e Segurança.

FRASE

“Este destaque deve estar apresentado, muito embora nós não estejamos ainda deliberando sobre e Medida Provisória 870. Não estou com isso querendo confrontar ninguém que pensa diferente. O que quero aqui alertar é que não venham dizer que o Senado está criando caso. A matéria é polêmica. Foi a primeira Medida Provisória editada pelo atual governo e que ficou todo esse tempo na Câmara dos Deputados e na Comissão Especial”. Esperidião Amin, sobre a MP 870 e a queda-de-braço entre o Centrão e o governo em torno do COAF.

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