Coluna do dia

Acordo e exclusão

Ainda sobre o acordo selado formalmente entre o Novo e o PSD, que engloba quatro cidades estratégicas: Joinville, Florianópolis, Blumenau e Chapecó.
Faltou dizer e esta é a motivação desta coluna que diante de toda a ação há uma reação. A partir do momento que o PSD formaliza este entendimento prévio com o Novo, ele está a excluir outras parcerias, descartando outros partidos como, por exemplo, o MDB e o PP.
Os pessedistas já sinalizam inclusive que, para além do Novo, alianças com o União Brasil e o Republicanos, este pilotado em Santa Catarina pelo ex-governador Moisés.
Evidentemente que o PP e o MDB vão ter que buscar um caminho. Individualmente, os dois não chegarão a lugar algum em 2026.
Embora tenham protagonizado uma rivalidade ferrenha no estado nas últimas quatro décadas, ao natural estes partidos vão para os braços de Jorginho Mello. Questão de sobrevivência.

Assumiu

A oposição ferrenha que o PSD vinha fazendo exclusivamente nos bastidores agora veio à luz do dia.
Estão buscando com o Novo uma composição capaz de se contrapor à recondução de Jorginho Mello em 2026.

Degraus

Esse entendimento de PSD e Novo passa pelas eleições municipais do próximo ano, mas acena, ainda, para o próximo pleito estadual.

Míngua

Sendo assim, o governador terá que abrigar, acolher, abrir mais espaços para o PP e o MDB. As duas legendas já estão no colegiado, mas vão necessitar de novas colocações para assumirem, de fato, uma parceria com o PL. Isso está evidente, cristalino.

Quartetos

Não tem outra saída para Jorginho Mello se ele deseja se fortalecer diante dessa articulação do PSD, Novo, Republicanos e UB; o PL precisará atrair de vez o MDB e o PP. E talvez até outros partidos como o PSDB, que está enfraquecido, mas poderia integrar a frente governista.

Quatro por quatro

Neste caso, poderíamos ter dois quartetos visando o próximo pleito estadual. As mexidas que Jorginho Mello fizer no colegiado ainda este ano, ou no começo de 2024, vão deixar muito claro o que está pensando e projetando o governador em termos de alianças.

Limbo

Jorginho terá que se mexer sob pena de perder espaço para esta nova frente que se forma para tentar derrotá-lo. E eles não estão brincando.

Nicho

Em outra frente, claro, estarão os canhotos. Muito provavelmente tabelando com o PSD, com três ministérios na gigantesca esplanada ministerial sob Lula III.  Não se sabe se todos os partidos de esquerda trabalharão em torno de um único nome como ocorreu em 2022 em SC.
Há indicativos, contudo, de que o cenário pode se repetir para a canhotada ali adiante.

Geleia geral

Jorginho Mello precisará construir uma maioria na Assembleia. Uma base sólida, registre-se. O MDB elegeu seis deputados e está trazendo o petebista Egídio Ferrari, de Blumenau. Serão sete parlamentares. O PP tem três. Estamos falando em 10 assentos na Alesc, portanto.

Clima belicoso

Se o PL estiver unido com seus 11 deputados estaduais, aí o governador já teria maioria simples de 21 cadeiras na Alesc. Ocorre que não raras vezes os próprios deputados liberais se digladiam ou não se alinham automaticamente com o governo.

Pequenos

Evidentemente há outros partidos de menor porte, como o Podemos, que deverá ficar com dois deputados (Camilo Martins e Lucas Neves), já que Paulinha da Silva está com os dois pés no PSD, e outros que estão no raio de atração do governador.

A reboque

Agora não resta a menor dúvida de que os movimentos do PSD devem levar o governador a refletir, a agir mais e a reagir menos. Até aqui, o que se observa são muito mais reações governistas às articulações de Julio Garcia e de seus comandados.

Fase

Logo vamos entrar no 12ᵒ mês da atual gestão e Jorginho Mello até agora não tomou a iniciativa no campo da articulação política. Tem ido a reboque da movimentação pessedista, correndo atrás dos prejuízos.

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