As bancadas do PMDB e do PT fecharam acordo para que o ex-prefeito de São José, Djalma Berger (PMDB), irmão do senador Dário Berger, assuma a presidência da Eletrosul. E o petista Cláudio Vignatti possa ser empossado na Diretoria Financeira da maior estatal federal do Sul do Brasil. Os ponteiros estão acertados entre os líderes dos dois partidos no Estado. Só falta o aval da presidente Dilma Rousseff para que a engenharia saia do papel.
Se a mandatária avalizar, o atual diretor financeiro, Antônio Vitori, será remanejado para a Diretoria de Operações e Paulo Afonso Vieira seguiria à frente da Diretoria Administrativa da empresa, com Ronaldo Custódio permanecendo na Diretoria de Engenharia.
Assim, estaria fechado o quitento que pode comandar a Eletrosul pelos próximos anos, assinalando que a composição mantém dois técnicos na estrutura, dois representantes do PMDB (Djalma e Paulo Afonso) e um do PT, Cláudio Vignatti.
Interessante lembrar que tanto Djalma Berger quanto Cláudio Vignatti sofreram derrotas recentes nas urnas. Em 2012, o fenômeno Adeliana Dal Pont passou como um trator por cima de Berger em São José. O ex-prefeito fez uma votação modestíssima. No ano passado, Vignatti concorreu ao governo do Estado. Teve desempenho razoável, cerca de 15% dos votos.
As mudanças também significam que estaria chegando ao fim o ciclo de sete anos de Eurides Mescolotto à frente da companhia de energia. Ele assumiu o cargo em 2008. Foi o primeiro candidato do PT ao governo do Estado, nos idos de 1982, quando ainda era casado com a professora Ideli Salvatti. Mais recentemente, presidiu o Besc, até a incorporação do extinto banco do Estado pelo Banco do Brasil.