Em entrevista gravada para o programa Ponto e Contra Ponto do SCC-SBT, a ser exibido no próximo sábado à noite, o senador Jorginho Mello (PL) fez algumas revelações importantes.
Deixou claro que atua na perspectiva de uma aliança com o Progressistas, de outro senador catarinense, Esperidião Amin. Os dois foram eleitos em 2018, também impulsionados pela Onda Bolsonaro. As duas legendas estão na base de sustentação do governo federal. O presidente da República, na recente passagem pelo estado, deixou claro seu carinho por Amin e sua sintonia com Jorginho.
O líder do PL abraça absolutamente todas as causas do Palácio do Planalto. Amin é mais seletivo, mas conta com a amizade do chefe da nação.
Pode surgir daí um acordo eleitoral para 2022, com as bênçãos presidenciais? Pode. Jorginho não esconde que o vice dos sonhos poderia ser o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, ou a deputada federal Angela Amin.
Qual o grande empecilho para um encaminhamento mais concreto nesta direção? O perfil de eterna indefinição do senador do Progressistas. Esperidião Amin costuma esconder o jogo até a undécima hora, só se posicionado um pouco antes ou na própria convenção homologatória. Dificulta, naturalmente, a construção de alianças e gera insegurança interna para outras lideranças da sigla.
Outra revelação de Jorginho Mello. Jair Bolsonaro não vai assinar ficha no Progressistas. Estaria muito inclinado a assumir o PMB, Partido da Mulher Brasileira, dando nova roupagem ao CNPJ, que passaria a se chamar Aliança Pelo Brasil, o nome da sigla que ele tentou fundar. Sem sucesso.
Pequenos
Outro que está sem partido é Moisés da Silva. Ele não vai, obviamente, para o PMB/Alilança, mas tem tudo para se inscrever numa pequena legenda. PSC ou Republicanos seguem sendo os endereços mais prováveis. São liderados por dois pastores: respectivamente, os deputados Jair Miotto e Sérgio Motta.
Destino principal
A retomada econômica dos Estados Unidos teve impacto positivo no comércio exterior catarinense. Em julho, o país voltou a figurar como o principal parceiro comercial de Santa Catarina. Foram US$ 206,9 milhões negociados no mês passado, superando a China, conforme análise do Observatório FIESC. O setor de madeira e móveis representou 58,7% da pauta de produtos comprados pelos norte-americanos, seguido pela indústria automotiva e de equipamentos elétricos.
O avanço da imunização contra a Covid-19 no país e os pacotes anunciados pelo presidente Joe Biden para reanimar a maior economia do mundo colaboraram para o resultado.
Não acabou
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) voltou a defender nesta terça-feira (10) mais recursos para que os estados e municípios possam dar continuidade ao enfrentamento da Covid-19 e atender à grande demanda de saúde que foi reprimida em mais de um ano e meio de pandemia.
“Hoje, podemos dizer que estamos respirando mais aliviados, mas não podemos achar que a pandemia acabou. Os graves efeitos dessa crise continuam”, alertou a parlamentar, em pronunciamento na comissão geral que debateu “A situação da saúde no Brasil”.