Autoridade no Direito da Mulher, Sánchez discutiu a nova fase do direito na Maratona Digital OAB/SC – A Transformação da Advocacia e os Novos Rumos da Democracia.
A advogada Rejane Silva Sánchez, presidente da Comissão Estadual da Mulher da OAB/SC e vice-presidente do Conselho Estadual da Mulher Empresária (CEME), entidade que trabalha para fortalecer e visibilizar as mulheres empreendedoras e empresárias a partir do associativismo, afirma que vivemos um momento de muitos retrocessos legais, o que fragiliza a democracia.
Segundo ela, sob o aspecto político, é urgente uma revisão nas regras e no sistema legal, possibilitando que a cultura e a dinâmica partidárias sejam melhoradas para as mulheres. Além disso, a advogada enfatiza que é fundamental também levar em conta a igualdade de gênero para que mais mulheres conquistem a justa ascensão profissional.
Este e outros temas importantes acerca do Direito da Mulher foram abordados por Sánchez durante a Maratona Digital OAB/SC – A Transformação da Advocacia e os Novos Rumos da Democracia, que ocorre de forma online durante 12 dias, entre 5 e 20 de agosto. A iniciativa conta com a participação de 266 palestrantes, que explanam seus conhecimentos em 66 painéis. Sánchez integra o painel “Mulheres na Advocacia e na Democracia: Conquistas e Desafios”. Para conferir a íntegra da participação da advogada, basta acessar o link https://www.youtube.com/watch?v=VoEz5WMosOY – a partir de 5:01:39.
Segundo Sánchez, atualmente, a direção das legendas partidárias é formada por homens que controlam a destinação de recursos e decidem sobre o apoio de carreiras e candidaturas. “E enquanto mais mulheres estiverem longes dos espaços de proposição e, especialmente, de decisão, o abismo social será cada vez maior”, alerta a advogada.
Para reverter esse quadro, ela acredita na própria força feminina e convoca mulheres a participarem ativamente da política e de movimentos civis, possibilidades que garantem um maior protagonismo feminino na sociedade e, como consequência, contribuem para consolidar uma cultura mais igualitária.
“A advocacia mobilizada nessas discussões tem forte potencial de transformação social, pois, como agentes fundamentais à administração da justiça, as advogadas e os advogados podem atuar com olhar analítico, crítico e intransigente em relação à igualdade de gênero”, observa.
Relacionada com a inserção de tecnologias digitais nas rotinas dos escritórios, a chamada “Advocacia 4.0” também foi tratada no evento. “A pandemia acelerou o processo que já se avizinhava. Assim, questões como o necessário investimento em tecnologia no ambiente de trabalho, a mudança de linguagem oral e escrita e até o estereótipo profissional mudaram e mudarão mais. Os profissionais do direito devem estar atentos aos novos modos de produção, tecnologia e comunicação, bem como a competências e habilidades deste nosso tempo”, conclui Sánchez.
