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AEMFLO e CDL de São José avaliam pacote fiscal como insuficiente para recuperação do país

A AEMFLO e CDL de São José avaliam que o pacote de despesas obrigatórias recém lançado pelo Governo Federal sinaliza uma preocupação governamental com o desequilíbrio fiscal, mas sua magnitude ainda é insuficiente frente às demandas do país. 

O diretor de Desenvolvimento Econômico da AEMFLO/CDL São José destacou que o Brasil sustenta atualmente um déficit primário anualizado próximo de R$ 250 bilhões, com tendência de agravamento nos próximos anos. “As medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda são insuficientes para reverter esse quadro, o que mantém pressões inflacionárias e potencializa novos aumentos da taxa de juros, prejudicando a economia”. Ele também apontou que, para a Grande Florianópolis, a persistência desse quadro poderá gerar impactos negativos, especialmente nos setores de comércio e serviços — principais motores de geração de emprego na região. “Com inflação elevada, o consumidor prioriza itens essenciais, em detrimento de outros segmentos do varejo. Além disso, a alta nos juros torna menos acessível o financiamento de bens de maior valor agregado, o que inibe o consumo e repercute negativamente na economia local”, explicou.

 

Contas Públicas 

A crescente deterioração das contas públicas permanece como um dos principais desafios econômicos do Brasil. Até setembro de 2024, o déficit primário acumulado em 12 meses alcançou R$ 245,6 bilhões, representando 2,15% do PIB. Esse cenário fiscal adverso levou à revisão das metas orçamentárias e intensificou a percepção de risco entre os agentes econômicos. Essa incerteza foi determinante para as recentes decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que optou por elevar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual.

Com o objetivo de conter a trajetória ascendente dos gastos públicos e prolongar a sustentabilidade do arcabouço fiscal em vigor desde o ano passado, o governo anunciou, na última quarta-feira (27), um pacote de cortes em despesas obrigatórias. A economia projetada, segundo a equipe econômica, é de R$ 70 bilhões ao longo de dois anos — R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. Os detalhes das medidas foram apresentados na manhã desta quinta-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

 

Em São José 

Apesar do cenário, a economia de São José e região tem mostrado vigor em 2024, com destaque para a geração líquida de empregos, aumento no número de empresas e crescimento na geração de impostos. No entanto, a entidade alerta para o risco de reversão desse panorama a partir de 2025, caso não sejam implementadas políticas mais alinhadas às demandas fiscais e econômicas do país. 

As entidades reforçam a importância de uma mobilização governamental que promova cenários mais aderentes às exigências atuais, garantindo estabilidade e sustentabilidade para o futuro.

foto>divulgação

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