Coluna do dia

Agora é guerra

Agora é guerra

Acabou o cabo-de-guerra de bastidores entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e a presidente Dilma Rousseff (PT). Após ser abandonado pela bancada petista no Conselho de Ética, o peemedebista não levou nem quatro horas para acionar a bomba que atende pelo nome de impeachment.

Há muitas divergências acerca da consistência jurídica do pedido assinado por ninguém menos do que Miguel Reale Junior e Hélio Bicudo, este ex-histórico petista.

Mas o caráter de um processo desta natureza é eminentemente político. Basta avaliar como se deu a aceitação por parte de Cunha. Ele ainda segurava o pedido para barganhar a salvação do seu mandato. Dada a senha pelos parlamentares petistas, começou a guerra, cujo desfecho é imprevisível.

O fato é que Dilma se enfraquece politicamente a cada dia. Nem mesmo assessores e ministros aguentam mais o estilo grosseiro e arrogante. Deputados e senadores, então, nem se fala. Encurralada, ela pode ter sérias dificuldades em garantir os 171 votos necessários para manter o inquilinato no Planalto.

 

 

 

 

Caneta sem tinta

Outro detalhe: a bomba estoura no momento em que o governo está atolado financeiramente, com a conta pra lá de estourada, o que reduz bastante a capacidade de negociação. Isso se o processo realmente for adiante. Pode haver, por exemplo, nova intervenção do Judiciário no Legislativo, via STF.

 

 

 

Peso partidário

A grande incógnita: para que lado vai pender o PMDB na guerra do impeachment? Foi um peemedebista quem aceitou preliminarmente o pedido. O vice-presidente também é alistado na legenda e pode ser guindado ao poder se Dilma Rousseff for guilhotinada. Trata-se do partido de maior bancada na Câmara dos Deputados.

 

 

 

 

Projeção

Já há informações circulando, em Brasília, que a cúpula do PMDB deu o aval para o processo de impeachment. Se for verídica esta informação, a situação é terrível para Dilma. Além de Eduardo Cunha, o próprio Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, estariam no centro da operação para a degola presidencial.

 

 

 

 

 

Salve-se quem puder!

Ao abandonar Cunha, a bancada do PT parece também ter jogado Dilma às ferras. Pode ser uma manobra desesperada para salvar alguma coisa em termos de imagem partidária, mantendo a perspectiva para nova candidatura de Lula da Silva em 2018.

 

 

 

 

Moro em SC

A Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) promove, desde ontem à noite até o dia  6 de dezembro, no Plaza Itapema Resort & SPA, o seu tradicional Congresso Estadual de Magistrados, que este ano chega a sua 17ª edição, com o tema “A confiança no Poder Judiciário – Conquistas e Desafios de uma Justiça Democrática e Cidadã”. Entre os convidados, o Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, responsável pela condução da Operação Lava Jato.

 

 

 

 

Caramori no Badesc

O governador Raimundo Colombo, o vice-governador Eduardo Moreira e o presidente da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), Olívio Rocha, assinaram contratos do Badesc Cidades com 26 municípios catarinenses. Recursos de R$ 48,5 milhões. Foi o último ato oficial de Rocha no comanda da Agência de Fomento. José Caramori já estava na solenidade, sendo saudado como novo presidente.

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