Manchete

Ainda o MDB no governo

A semana promete em Santa Catarina, considerando-se os entendimentos de Jorginho Mello com o MDB. As conversações vão prosseguir ao longo desta semana. O governador, no entanto, também vai abrir novas frentes com o PP e com o seu próprio PL, junto às bancadas estadual e federal.
Aos correligionários, Jorginho vai comunicar os ajustes, os acordos estabelecidos com os emedebistas e, inclusive, com os progressistas.
Movimentos vislumbrando um grande acordo, um grande acerto para 2026.
Mas, ainda sobre o MDB. O deputado federal Carlos Chiodini, que deve estar reassumindo até o dia 15 a presidência do partido no estado – hoje a sigla está sob o comando do vice, Valdir Cobalchini -, vai chamar uma reunião onde a ideia é detalhar justamente as negociações com o governador.
O MDB vai preservar a Infraestrutura com o Jerry Comper e vai passar a ocupar a Agricultura com o Antídio Lunelli ou o Volnei Weber. O próprio Chiodini ficará com a Secretaria de Portos e Aeroportos ou a Casa Civil.

Consenso

Isso já está convencionado entre os deputados estaduais. Na bancada federal não será diferente. Até porque o próprio Chiodini estará entrando no colegiado e outro dos três parlamentares, Rafael Pezenti, então não precisa nem conversar.

Sintonia

Ele está em fina sintonia com o PL e com o governador do estado. A senadora Ivete Appel da Silveira, que reassume no Senado no princípio de dezembro – e que é senadora graças à eleição de Jorginho Mello ao governo – também está muito bem alinhada ao atual governador.

Destoando

Apenas Valdir Cobalchini parece estar um pouco fora dos encaminhamentos emedebistas com relação à composição. Ele já declarou que está tudo bem, tudo ok, mas que isso não pode implicar já no comprometimento em 2026.

Repeteco

Para Cobalchini seria necessário um debate mais ampliado do partido, etc. e tal. Típico discurso na linha dos ex-governadores Paulo Afonso Vieira e Eduardo Pinho Moreira, que a cada dia têm menos influência dentro do Manda Brasa.

Síndicos

Com relação à densidade eleitoral, então, não há nem o que falar. Nenhum dos dois se elege deputado estadual, pra começo de conversa.

Feridas

É fato que lideranças do MDB, inclusive prefeitos eleitos e deputados, sentiram a pressão do PL, os derrotados evidentemente também, candidaturas, articulações e tudo mais. Mas baixada a poeira, eles vão precisar do governo, de recursos e do apoio da máquina estadual.

Pragmatismo

É evidente que a esmagadora maioria deseja estar com o Jorginho Mello por questão pura de subsistência, de sobrevivência, subsistência administrativa e sobrevivência política.

Alternativa?

Se não for assim, vão ficar com quem? Com qual partido? Com qual coligação? Considerando-se que o governador elegeu 90 prefeitos; tem o discurso conservador, que é o perfil do eleitorado catarinense; tem o apoio do ex-presidente Bolsonaro. E tem a máquina.

Paternidade

Então, Valdir Cobalchini vai ter que colocar os pés no chão porque terá que vir pra conversar. Não adianta ficar nesse imaginário lírico de ampliar o debate e tudo mais. O deputado, salvo engano, terá que lançar mão do pragmatismo até em função da postura do próprio filho.

Recondução

Estamos falando do vereador reeleito, com grande votação, João Cobalchini, que é o atual presidente da Câmara de Vereadores. Será reconduzido ao cargo com o apoio de Topázio Silveira Neto e do próprio governador Jorginho Mello.

Replay

Aliás, João Cobalchini está, nesse momento, na segunda interinidade como prefeito de Florianópolis. O que só foi possível porque ocorreu ainda antes da virada para o segundo mandato de Topázio Silveira Neto.

Vice

O prefeito reeleito da Capital terá, a partir de 1 de janeiro, um vice. Hoje, ele não tem, pois era o vice de Gean Loureiro, que renunciou pra concorrer ao governo em 2022. Deixou o cargo em 31 de março daquele ano. Topázio assumiu a prefeitura e foi candidato à reeleição, ganhando no primeiro turno com o apoio de Jorginho Mello. O prefeito e o governador estão alinhados.

Dobradinha

Ao que parece, o vereador João Cobalchini, igualmente, deve ser candidato a deputado estadual em dobradinha com o pai, candidato à reeleição.
Mas, se Valdir Cobalchini ficar com esse discurso isolado entre todos os detentores de mandato do MDB, acaba atrapalhando o projeto do próprio filho.

Fazendo contas

É preciso raciocinar com base nessa coligação futura a partir de uma nova composição que já existe do PP e do MDB no governo. Mas, que vai ser mais ampliada com mais espaços para emedebistas e progressistas, o que contabilizaria 213 dos 295 mandatários municipais de Santa Catarina: PL com 90, MDB com 70 e PP com 53.

foto>divulgação

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