FIESC recebeu delegação de Baden-Württemberg, nesta quinta-feira (16), em Florianópolis
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) recebeu delegação alemã de Baden-Württemberg, estado localizado no sudoeste do país europeu, nesta quinta-feira (16), em Florianópolis. No encontro, o presidente da entidade, Glauco José Côrte, destacou a oportunidade para trocar ideias e iniciar entendimentos sobre investimentos. As relações comerciais de Santa Catarina e da Alemanha se aproximam de US$ 900 milhões no acumulado do ano até outubro. “Há um grande esforço no sentido de capacitar nossas pequenas e médias empresas para se inserirem no mercado internacional, seguindo muito o exemplo das pequenas e médias empresas alemãs”, disse.
Côrte salientou as estratégias de aproximação com a Alemanha e lembrou que de 12 a 14 de novembro foi realizado o Encontro Econômico Brasil Alemanha, em Porto Alegre. “O propósito é que essa visita nos ajude a consolidar nossas relações e ampliar os negócios. Para isso, colocamos a estrutura da FIESC à disposição, assim como a INVESTE SC, agência de atração de investimentos mantida por meio de parceria entre a FIESC e o Governo de Santa Catarina”, afirmou.
O líder da delegação, Christoph Schnaudigel, salientou as semelhanças entre as economias catarinense e de Baden-Württemberg. “Acho que a situação é um pouco comparável com nosso Estado, que é fortemente marcado por indústrias de médio e grande portes e muitas indústrias familiares. São empresas não tão conhecidas, mas podem ser líderes de mercado em nichos. É uma economia diversificada”, afirmou. Ele também chamou a atenção para os desafios que a indústria 4.0 traz para o setor e propôs projetos conjuntos para aprender sobre as novidades que essa área traz.
O diretor de desenvolvimento institucional e industrial da FIESC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, apresentou o perfil da indústria catarinense, que é a mais diversificada do Brasil, tem 50,8 mil indústrias e 734,6 mil trabalhadores. Além disso, 98% das empresas catarinenses têm até 100 funcionários, informou. Ele também destacou outros indicadores positivos, como o Índice de Atividade Econômica, medido pelo Banco Central, que cresceu 3,1% de janeiro a agosto. A produção industrial de janeiro a setembro aumentou 3,6% e as vendas do setor no período registraram alta de 1%.
As exportações catarinenses à Alemanha totalizaram US$ 220,7 milhões em 2016. O valor é 3,7% menor que o registrado no ano anterior. Os principais produtos embarcados foram preparações e conservas de carne, motores e geradores elétricos e partes de acessórios de veículos automóveis. Atualmente, o país europeu é o 11º destino das exportações do Estado. As importações do Estado vindas da Alemanha no ano passado somaram US$ 680,2 milhões. O resultado é 10,2% inferior ao registrado em 2015. Os principais produtos comprados foram partes e acessórios para automóveis, sangue para usos terapêuticos, máquinas e aparelhos mecânicos e automóveis.
O estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) da Alemanha no Brasil totalizou US$ 12,47 bilhões em 2015. É o nono principal investidor estrangeiro no País. A indústria recebeu 73,5% dos investimentos. Os principais setores beneficiados foram: automotivo, produtos de metal, químicos e plástico.
No encontro, o secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond, declarou que “o Estado oferece naturalmente ótimas condições para receber investimentos”.