Coluna do dia

Alesc na contramão

Governador Moisés da Silva, depois que sentiu o cheiro de enxofre no qual estava envolto seu mandato, mudou a forma de agir. É perceptível que está mais aberto, atento, ligado ao que acontece em Santa Catarina. Entrou nos eixos, para usar uma expressão popular. Às 10h da manhã de terça-feira, Moisés já estava em Criciúma. Ao lado do prefeito Clásio Salvaro e da deputada federal Geovania de Sá. O Gaeco se mobilizou e o Judiciário emitiu sinais de que estava atento a tudo. E a Assembleia Legislativa?
A Casa divulgou uma nota no fim do dia em “solidariedade” aos criciumenses. Pergunta-se: por que os deputados do Sul, uma bancada de oito parlamentares, não se mobilizaram em comitiva para ir à cidade,  para estarem presentes, sentir o que realmente estava passando a sociedade de Criciúma? Nestas horas é preciso sensibilidade, sintonia e união para demonstrar força política numa reação imediata à ousadia da bandidagem.
Mas não. Em vez disso, “tocaram” a vida normalmente, discutindo mais um pedido de impeachment e fazendo manifestações no conforto e no ar-condicionado do plenário da Alesc.

Que ano!
Este 2020 é um ano para a Assembleia apagar de sua história. O Parlamento Estadual, que, por excelência, deveria dar eco à voz dos mais variados segmentos catarinenses, está entretido com interesses pessoais, politiqueiros, em absoluto descompasso com as necessidades do estado.

Eu? Não
Prefeito eleito de Joinville, Adriano Silva (Novo), único eleito pelo partido no país, já chama a atenção de outros centros brasileiros. Em entrevista ao Jornal Valor Econômico, suas posições, de direita (liberal na economia e conservador nos costumes) acabou sendo interpretada como a fala de um “bolsonarista”.
O joinvilense foi às redes sociais. Como de costume, foi muito elegante e perspicaz.

Lamentável
Ele declarou o seguinte: “Não sou bolsonarista. E o Novo não é bolsonarista. É uma pena que defender ideais liberais hoje no Brasil seja confundido com bolsonarismo.”

Cristãos perseguidos
As autoridades sanitárias do município de Botuverá, interior de Santa Catarina, interromperam na metade a celebração de uma missa de Crisma presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Wilson Tadeu Jönck, que ocorria na Paróquia São José, no último sábado (28). A interrupção provocou intensa indignação nas redes sociais e em nota publicada nesta terça-feira (01), o Arcebispo comparou o ato arbitrário às perseguições ocorridas em países hostis aos cristãos.

Humilhação
De acordo com o pároco, padre Paulo Riffel, tudo havia sido acertado com o prefeito da cidade, que autorizara a celebração. No entanto, a Secretária de Saúde apareceu no meio da missa e, com policiais, avisou que iria entrar para interromper. “Eu me senti humilhado”, disse o pároco e considerou o fato um atentado contra a fé católica.

Transição
A prefeita Adeliana Dal Pont se reuniu com o prefeito eleito Orvino Coelho de Ávila  para iniciar os trabalhos da equipe de transição. O objetivo é repassar todas as informações sobre o andamento de processos e ações da Prefeitura para que o novo governo, que assume em 1º de janeiro de 2021, possa manter as obras, os serviços e os projetos que estão em execução.

Sair da versão mobile