Moisés da Silva não aprende mesmo. Recentemente, ele ofereceu um almoço ao ex-governador Eduardo Pinho Moreira. Quem articulou o encontro tentou dar um ar mais familiar ao ágape, pois a ex-primeira dama, Nicole Torret Rocha, também foi convidada. E recepcionada pela atual primeira dama, Kézia Martins da Silva.
Promoveu-se a agenda gastronômica para que, por intermédio de Moreira, o governador voltasse a ter um canal de aproximação com a bancada estadual do MDB.
O detalhe é que Eduardo Moreira não tem mais qualquer ascendência sobre os nove parlamentares do Manda Brasa na Alesc.
Ele tinha influência sobre Luiz Fernando Vampiro, mas até com o criciumense Moreira não tem mais aquela interlocução. É só protocolar o relacionamento.
Derrota acachapante
Ou seja, o ex-governador não tem voto algum na bancada. Até porque, ele foi mais derrotado do que Mauro Mariani – que foi o cabeça de chapa – nas eleições de 2018.
Eduardo Moreira sabotou Mariani. Além de ter sido um governador tão ruim que pela primeira vez na história o MDB sequer foi para o segundo turno.
MDB encolheu
Não somente pelo ano, o próprio 2018, em que ele foi o chefe do Executivo. O rombo no casco da nau emedebista ocorreu sobretudo pelos sete anos em que Moreira foi vice de Raimundo Colombo. O resultado está aí. O MDB sumiu, encolheu.
Como Eduardo Moreira não tinha voto para ser o cabeça de chapa na última eleição e não deixou ninguém crescer neste espaço, o partido definhou. Mesmo tendo influência e na condição de vice, o sulista não conseguiu manter o MDB grande.
Endereço errado
Traduzindo: Moisés da Silva, que não aprende, convidou o cara errado para tentar se reaproximar dos deputados estaduais emedebistas. O convidado deveria ter sido o deputado federal Celso Maldaner, presidente da seção estadual do Manda Brasa. Que poderia levar seu irmão, o ex-senador e ex-governador, Casildo Maldaner, figura querida e respeitada nas hostes partidárias. Ou então até mesmo um outro ex-governador do MDB. Paulo Afonso Vieira, apesar de não ter conquistado a reeleição lá em 1998, ainda tem mais influências nas fileiras partidárias do que Eduardo Moreira. Isso que governou Santa Catarina há 25 anos!