Manchete

Alta na taxa Selic e o impacto nos investimentos

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou, em agosto, a quarta elevação do ano da taxa básica de juros, a Selic. Com o ajuste, a taxa passou de 4,25% ao ano para 5,25% e segundo o boletim Focus do Banco Central, a previsão é de que esse aumento chegue em 7,25% ao ano, até o final de dezembro. Em contrapartida, a inflação também está alta com o IPCA acumulado de 12 meses em 8,99%. Segundo Rafael Costa, gestor da Próprio Capital, a inflação é resultado, além da pandemia, de uma soma de fatores como a desvalorização cambial em cerca de 25%, crise hidrelétrica e aumento nos insumos. Mas, como isso reflete nos investimentos?

Apesar da alta da Selic, a inflação supera esse aumento, o que torna os investimentos em renda fixa pouco atrativos. ”Hoje não compensa fazer esse movimento de migração da Bolsa para a renda fixa. O Banco Central deve manter essa política de aumento da Selic, mas colocando na ponta do lápis, ainda perde para a inflação”, afirma Costa. As projeções para a inflação do IPCA são de 6,88% neste ano.

Por outro lado, os balanços do 2º trimestre das empresas em bolsa têm sido muito bons. Grande parte delas registrou maior faturamento, margens e lucros acima do que era antes da pandemia. “Estas companhias têm uma longa história e robustez, sempre superando adversidades, com gestão superior e acesso a melhores recursos”, comenta o gestor.

Nos últimos anos houve um aumento significativo no número de investidores na Bolsa de Valores, passando de aproximadamente 800 mil em 2018, para quase quatro milhões em 2021.

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