O SCC-SBT realizou, no sábado à noite, o primeiro debate com os dois candidatos a governador que disputam o segundo turno da eleição estadual: Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT).
Assim como já havia ocorrido no primeiro turno, o SBT sempre largando na frente. Acerca do desempenho dos postulantes, foi um embate morno. No primeiro duelo de cada turno é natural que os candidatos estejam com o freio de mão puxado.
Muito embora, ao que tudo indica, não teremos a repetição da campanha sangrenta que vimos aqui no round inicial, com destaque para a troca de chumbo grosso entre Moisés da Silva e Gean Loureiro, e Jorginho e o próprio Moisés. Os candidatos de centro e direita se digladiaram de tal maneira que o candidato do PT, pela primeira vez na história, conquistou a vaga no turno final. Com apenas 17% dos votos.
Agora faltam menos de duas semanas para o fim da propaganda eleitoral e os dois oponentes parecem mais concentrados em ajudar seus respectivos candidatos a presidente. A eleição nacional está absolutamente aberta. A disputa será voto a voto, com ligeira vantagem para o atual presidente. Isso baseando-se em levantamentos de empresas de pesquisas com algum grau de confiabilidade, evidentemente.
De leva
Mello e Lima não deram nenhuma estocada mais dura um na direção do outro. Foram pequenas alfinetadas, sem personalizar. O embate se deu mais nas questões macro, na linha de quem trouxe mais recursos para o Estado e por aí vai.
Teu passado
Em um determinado momento, Décio Lima lembrou que o candidato do PL ajudou os governos petistas, de quem era bem próximo.
Fora dessa
Jorginho Mello não passou recebido. Ignorou olimpicamente a provocação e seguiu na sua linha dentro do debate.
O que interessa
O formato do encontro permitiu os concorrentes apresentarem propostas, planos de governo para todas as áreas, inclusive a convivência com a classe empresarial e a relação do Executivo com o Legislativo, a Alesc.
Alma
Isso permitiu aos espectadores que conhecessem um pouco mais do que realmente pensam e querem para Santa Catarina os dois candidatos. Foi uma bela oportunidade para os catarinenses compararem e analisaram as duas opções.
Mistão
Inclusive no tocante à composição do governo, ambos deixaram claro que vão ter integrantes políticos, correligionários e aliados, mas que também abrirão espaços para técnicos, especialistas nos mais diversos setores.
Afinidades
Jorginho chegou a dizer que para as secretarias de Ciência e Tecnologia e Agricultura, a indicação partiria diretamente dos respectivos setores. Que apresentem uma lista para escolher um.
Pela tangente
Relativamente ao tamanho da máquina pública, nenhum dos dois se comprometeu a reduzir a estrutura estadual e a concessão de empresas públicas à iniciativa privada. Nem Décio nem Jorginho sinalizaram na direção da privatização de Celesc e Casan, duas joias da coroa estadual.
Mais estado
Décio chegou a dizer que a ideia não é extinguir empresas e sim ampliar o tamanho da já paquidérmica máquina estadual.
Daria para dizer que foi um debate produtivo e ao mesmo tempo civilizado.