Embora o PP seja um aliado de primeira hora dos governos petistas, Dilma Rousseff e seu staff não poderão contar com o voto do deputado federal Esperidião Amin ao chamado ajuste fiscal (aumento de impostos), proposto pela atual inquilina do Palácio do Planalto.
O ex-governador entende que a iniciativa está equivocada, pois afundará o país na recessão e “não vai debelar a inflação.” Quem ganha com isso? O catarinense pergunta e ele mesmo responde: somente os banqueiros.
Ressalvando que nada tem contra a figura de Joaquim Levy, Amin lembra que ele é o representante da banca nacional no governo da ex-mãe do PAC, pois antes de ser ministro, o titular da Fazenda era um alto diretor do Bradesco, o maior banco privado do país.
Sobre seu partido estar enrolado até o pescoço nas investigações da Lava-Jato, o ex-governador vaticina que o PP ficou com as “migalhas”. O grosso da propina gerada a partir das fraudes na Petrobrás engordou, segundo ele, as arcas do PT e do PMDB, partidos que receberam valores significativos. “Depois de ter pego os mendigos, o juiz Sérgio Moro agora vai pegar os peixes grandes, os animais encorpados,” alerta o progressista.
AVISO
Esperidião Amin afirma que desconhece qualquer articulação da bancada federal do PP para votar contra o ajuste fiscal. Seu posicionamento, frisa ele, é pessoal. Na mídia nacional, contudo, pipocam informações dando conta de que a sigla vai usar essa votação para mandar um recado a Dilma.
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