Coluna do dia

Amin ao governo

Esperidião Amin entrou definitivamente na briga para ser candidato a governador este ano. Não tem mais jogo de cena. Os movimentos do deputado federal agora são de quem deseja mesmo disputar na cabeça de chapa.

Houve uma decisão em família. Significa que ele próprio, mais a esposa Angela e o filho João (deputado estadual), entenderam que este deve ser o caminho eleitoral do ex-governador.

É um fato que tumultua todo o processo eleitoral. Evidentemente que Amin tem votos cativos como ninguém atualmente em Santa Catarina. Depois da morte de Luiz Henrique da Silveira, ele voltou a ser o principal eleitor estadual.

E começou a articular a formação de uma frente de oposição (uma alusão ao governo do MDB). Reunindo, além do PP, também PSDB, PSD e DEM.

A iniciativa do ex-governador apresenta dois equívocos. É impossível, por exemplo, imaginar o PSDB e o DEM juntos em Santa Catarina. É absolutamente inviável a conciliação dos interesses regionais de Napoleão Bernardes (PSDB) e João Paulo Kleinübing (DEM).

Outro aspecto importante. A articulação de Esperidião Amin está excluindo o PSB da chapa majoritária. O partido de Paulo Bornhausen foi o primeiro a anunciar apoio ao projeto de Gelson Merisio (PSD). É aliado de primeira hora.

 

Nominata

Nos bastidores, já circulam informações indicando que a chapa sonhada por Amin é ele ao governo, Kleinübing de vice, com Raimundo Colombo e Paulo Bauer ao Senado.

 

Não arreda

Toda essa movimentação de Esperidião Amin pode desaguar em uma eleição de primeiro turno pulverizada. Merisio tem estrutura para a campanha e dispõe ainda de chapa proporcional e coligação eleitoral forte. Política e partidariamente, está viabilizado. Falta popularizar o nome. Mas ele vai às últimas consequências com a candidatura ao governo pelo PSD, até porque terá o maior tempo de televisão entre os candidatos.

 

Quarteto

E Amin leva quem consigo? Levará só o DEM. E jogará o PSDB nos braços do MDB. Daí teremos o seguinte quadro: MDB-PSDB; PP-DEM, PSD-PSB e o PT na outra extremidade. No frigir dos ovos, Santa Catarina poderá ter quatro grandes candidaturas ao governo do Estado.

 

Emparelhamento

Neste contexto, atentos observadores da cena política há muitos anos, avisam que poderá ocorrer o que segue. Uma vaga no segundo turno tem tudo para ser do MDB, pela força e capilaridade do partido em Santa Catarina. A outra seria disputada por Esperidião Amin e Gelson Merisio. Se o ex-governador carimbar seu passaporte para o segundo round contra o MDB, não sendo candidatos pelo Manda Brasa nem Eduardo Moreira nem Dário Berger, Merisio apoiaria Mauro Mariani. Na outra ponta, Amin ficaria com o PT de Décio Lima. A vantagem, em tese, seria do MDB.

 

Lançamento

O PP de Criciúma lançará a pré-candidatura de Esperidião Amin ao governo em Criciúma, no dia 23, sábado. Os deputados estaduais do PP sulista, Zé Milton Scheffer e Valmir Comin, assim como o presidente estadual do partido, deputado Silvio Dreveck, marcarão presenças no evento. Resta saber se Gelson Merisio comparecerá. O compromisso assumido por Merisio e Amin lá atrás era de que os dois apresentariam os nomes para lá adiante, na definição, encaminhar quem seria o cabeça de chapa. Amin não compareceu ao lançamento da candidatura de Merisio em Chapecó, dia 9 de junho.

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