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Manchete

Amin é candidato

Esperidião Amin é candidatíssimo ao governo do Estado. O que se imaginava que seria apenas uma jogada de cena, algo pra valorizar o passe do seu PP, transformou-se num projeto real.
Vale lembrar que não teremos coligação nas eleições proporcionais deste ano. Candidatura própria na majoritária ao governo ajuda na eleição para deputados, sejam estaduais ou federais. O PP fez apenas uma cadeira entre as dezesseis federais há quatro anos, com Angela Amin, e três das 40 vagas estaduais: Altair Silva, João Amin e Zé Milton.
Lançar um cabeça de chapa evidentemente que ajuda a turbinar as eleições proporcionais. Isso leva as perspectivas do PP, desde que Esperidião Amin tenha boa performance, de eleger dois federais e até cinco estaduais.
Será a quinta disputa a governador do Progressista. Ele disputou em 1982, quando tinha 35 anos e houve a retomada das eleições diretas nos estados. Amin derrotou Jaison Barreto. Em 1998, ele bateu Paulo Afonso Vieira, elegendo-se pela segunda vez.

Azarão

Quatro anos depois, Esperidião Amin, surpreendentemente, perdeu para o então azarão à época, Luiz Henrique da Silveira.

Convergência

LHS, além de agregar o seu MDB e de canalizar apoios de deputados e prefeitos insatisfeitos com o tratamento dispensado pelo governo do PP, também surfou a onda vermelha de 2002, recebendo o apoio de Lula da Silva.

Histórica

LHS virou uma eleição que era dada como imperdível. Amin era o franco favorito. No contexto estadual, tivemos o PSDB desempenhando um papel importante naquele período. Os tucanos ajudaram Amin no pleito de 1998 e fizeram parte do governo. Ex-deputado Francisco Küster, por exemplo, pilotou a Celesc, a joia da coroa estatal Barriga-Verde.

Troca estratégica

Nesse meio tempo, Luiz Henrique elegeu-se prefeito de Joinville em 1996, na sucessão de Wittich Freitag. Na reeleição, em 2000, o emedebista trocou o vice. Tirou o empresário Carneiro Loyola e colocou o ex-vereador e secretário municipal tucano Marco Tebaldi. De caso pensado. Luiz Henrique já planejava renunciar em 2002. Concretizado o ato, os tucanos foram guindados ao comando da maior cidade catarinense.

Outro lado

Consequentemente, o PSDB abandonou Amin em 2002 e apoiou LHS. O partido lançou Leonel Pavan ao Senado na chapa de LHS. Amparada pela onda vermelha daquele pleito, Ideli Salvatti conquistou a outra vaga à Câmara Alta. Ela era deputada estadual e ganhou graças à força do PT. Em SC, o PT elegeu cinco deputados federais e nove estaduais. José Fritsch quase foi para o segundo turno. Por três pontos percentuais o petista não tirou LHS do segundo turno.

Volta ao passado

Agora, 24 anos depois, o que se observa é o PSDB na iminência de fechar novamente com Esperidião Amin.

Espaço

O ex-governador garante a vaga de vice aos tucanos e encaixa o PTB ao Senado com Kennedy Nunes. Por que Amin e não mais Carlos Moisés, com quem os tucanos estavam quase noivando? Porque o governador ofereceu as duas vagas na majoritária ao MDB.

Esmola

Ou seja, para o PSDB ter espaço majoritário na coligação com o governador vai depender da boa vontade do MDB. Ocorre, ainda, que o chefe do Executivo até hoje não tem a garantia do Manda Brasa.

Sucessão de equívocos

Toda a estratégia do Executivo está equivocada. O próprio PP sinalizou que poderia fechar com Moisés até os idos de março. Três meses depois, o governador não só perdeu o PP como também está perdendo o PSDB, que ainda pode trazer o Cidadania para o colo do Progressista.

Siglas

Trocando em miúdos: Moisés hoje tem o pequeno Republicanos, cuja liderança não está satisfeita com ele, o Podemos, que tem alguma força no estado, mas não está entre os grandes, e o minúsculo Avante.

Quarteto

Já Amin pode ir para a disputa com o seu PP, segundo maior partido de Santa Catarina, o PSDB, o PTB e o Cidadania.
A conferir!

foto>divulgação

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