Deputado federal Esperidião Amin (PP) usou a tribuna da Câmara, para se manifestar, de forma contundente, contra a nova investida do governo para ressuscitar a famigerada CPMF.
O progressista invocou o ex-governador Ivo Silveira, que costumava dizer a seguinte frase: “um homem sem medo para fazer o bem e sem coragem para fazer o mal.” No contexto da realidade econômica nacional, Amin disparou. “Eu não tenho coragem de votar a favor da CPMF e agradeço a Deus por não ter essa coragem.”
Para o catarinense, falta coragem também porque o governo da presidente Dilma Rousseff não envida os devidos esforços para cobrar a trilionária dívida ativa do país, onde estão mergulhados peixes gigantescos do mundo empresarial tupiniquim. Segundo Esperidião Amin, o governo tem a receber cerca de R$ 2 trilhões, isso mesmo, R$ 2 trilhões, recursos que estão garfados da contabilidade nacional.
Lista vip
É impossível não se indignar diante deste número e dos nomes que encabeçam a lista dos que não pagam seus débitos. A Vale lidera, devendo a bagatela de R$ 42 bilhões à viúva. A Petrobrás, dilapidada pela corrupção, está no pódio. Ocupa o terceiro lugar com uma conta de R$ 16 bilhões. Já o Bradesco, maior instituição financeira da América Latina e que nunca lucrou tanto quanto na era PT, aparece em sétimo lugar.
Perigosa conjunção
Esperidião Amin define o contexto brasileiro na atualidade. “Crise econômica, crise política e uma imensa e não encerrada ainda crise de natureza moral, derivada da corrupção, não apenas em dinheiro, mas corrupção do próprio processo político.”
Foto: Ag. Alesc, arquivo, divulgação