Assim como a esmagadora maioria dos congressistas, os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) devem esperar as manifestações populares, no dia 16 de agosto, para julgarem as contas do último ano do primeiro mandato de Dilma Rousseff.
No Congresso, a tese do impeachment da petista ganha força, mas está, por ora, restrita a conversas de bastidores. Se os 60% que se manifestaram favoráveis ao impedimento da ex-mãe do PAC, conforme apontou a mais recente pesquisa MDA, saírem das estatísticas e ganharem o asfalto, os parlamentares vão elevar o tom. E a corte de contas estará mais à vontade para sugerir a rejeição da contabilidade dilmista ao Parlamento, algo nunca antes visto na história do país.
No contexto atual, de desastres econômicos e políticos em série, a tendência dos ministros é pela rejeição das contas.
Tanto é verdade que o relator do processo, ministro Augusto Nardes, já pediu a Renan Calheiros, presidente do Senado, que apresse o julgamento das contas de exercício passados. Faz “apenas” 12 anos que o Congresso não julga a contabilidade de ex-presidentes.
Mais uma situação que faz qualquer cidadão medianamente informado matutar: qual o retorno que as duas Casas Legislativas têm dado à sociedade que pretensamente deveriam representar?
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