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Análise: Aécio Neves na linha de tiro

Quando passou por Santa Catarina, no mês passado, para proferir uma palestra em Lages, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, vaticinou, em conversas reservadas: Aécio Neves dificilmente chegará em 2018 com condições de ser novamente o candidato do PSDB à presidência.

Aos privilegiados interlocutores, o economista projetou que escândalos da gestão Aécio em Minas Gerais começariam a emergir, inviabilizando o nome dele. Loyola foi Píton. Esta semana, o distinto público tomou conhecimento, através de matéria publicada pela Folha de S. Paulo, que o neto de Tancredo emprestou aviões e helicópteros oficiais a artistas, famosos, empresários e até mesmo a políticos sem qualquer ligação com a administração do Estado.

De acordo com levantamento feito pelo diário paulista, em pelo menos 198 voos, entre 2003 e 2010, o governador não estava presente. Tampouco havia autoridades ou agentes públicos aptos, por lei, a utilizar as aeronaves oficiais.

Entre os beneficiados pela extrema gentileza de Aécio, estão figuras como Luciano Huck, Sandy e Junior, e o notório ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. A julgar pelas previsões de Loyola, é só começo!

Paulistas no páreo

O enfraquecimento de Aécio, na esteira de esqueletos que devem sair do armário em Minas, fortalece a dupla paulista do PSDB, que também se ensaia para 2018: o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra, este último assediado pelo PMDB.
Cidade Maravilhosa

Nos registros de voos de Aécio Neves durante seus dois mandatos em Minas Gerais, constam 124 viagens ao Rio de Janeiro. O estilo de vida playboy do mineiro pode frustrar seus planos de disputar outra vez o Palácio do Planalto.

Foto: Ag. Senado, arquivo, divulgação

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