Emblemática a reunião do secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni (PSD), com a bancada do PMDB na Assembleia esta semana. Durou mais de duas horas e ultrapassou as fronteiras das Medidas Provisórias que mexem nos vencimentos, reduzindo as indenizações dos servidores da Segurança Pública.
Munido de todos os números sobre a saúde financeira do Estado, Gavazzoni também foi além das funções de ser o guardião do cofre estadual. Estreou, em grande estilo, no papel de articulador político. Ressalte-se que foi uma ação pontual, mas que agradou aos exigentes convivas peemedebistas. O momento econômico é dos mais complicados e urge a promoção de ajustes para que as contas continuem em dia em Santa Catarina.
Gavazzoni saiu do encontro convicto de que as MP’s serão aprovadas em plenário. O secretário da área financeira acaba se espelhando, também no ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que toda semana vai ao Congresso.
Apesar de a articulação política de Antônio Gavazzoni ter caráter meramente circunstancial, a visita à bancada do manda brasa acabou estendendo a conversa a outros temas de interesse do PMDB e do governo, do qual o partido faz parte, ressalte-se.
O reforço de Gavazzoni é bem-vindo. Acaba dividindo as responsabilidades com Gelson Merísio, sobrecarregado com as funções de presidente de Alesc e que dedica as horas vagas a reforçar o PSD. E Nelson Serpa, o titular da Casa Civil. Este enfrenta resistências no PMDB porque tem a missão espinhosa de dizer “não” quando esse encaminhamento é inevitável.
REFLEXO
A presença de Antônio Gavazzoni na Assembleia não deixa de ser um reflexo das dificuldades que também existem entre os peemedebistas e o presidente da Casa, Gelson Merísio.
ATUAÇÃO INCOMODA
Na segunda-feira à tarde, Gelson Merísio (PSD) recebeu a visita do senador tucano e presidenciável José Serra, um grão-tucano. À noite, o pessedista trocou figurinhas com Esperidião Amin em Itajaí. Esta triangulação envolvendo PSD, PP e PSDB incomoda, e muito, os cardeais do PMDB.
Foto: arquivo, divulgação