Sindicalistas e até professores sem qualquer ligação com o Sinte reagiram mal à proposta do novo plano de carreira do magistério estadual. Em linhas gerais, a tabela de progressão salarial desagradou, assim como o fim da regência de classe (importante complemento salarial que vai ser incorporada à folha) e a falta de valorização dos docentes mais graduados, aqueles que têm mestrado, doutorado e por aí afora. Mas a bronca maior ainda é porque em 2015 não haverá qualquer reajuste nos vencimentos da classe.
Evidentemente que são fortes as razões que motivam os professores, até por que a inflação está quase batendo nos dois dígitos e não haverá reposição para pelo menos neutralizá-la. Por outro lado, é preciso considerar o aspecto da crise econômica, que está levando muitos governos a parcelar salários e ao não pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário, situação que é diferente em Santa Catarina, onde está tudo em dia.
Bom senso
A palavra de ordem é bom senso, que parece ter faltado em boa medida aos líderes do movimento de paralisação da Celesc na quinta-feira. Houve radicalizações e até ações para impedir servidores de circular, o sagrado direito de ir e vir. Não é por aí.
Energia mantida
Importante lembrar que a Celesc não teve sua nota de risco rebaixada pela Standard & Poor’s, ao contrário do que ocorreu com a própria Eletrobrás e outras elétricas país afora no vácuo do rebaixamento da nota do Brasil. Ou seja, a empresa tem gestão de excelência, pilotada pelo presidente Cleverson Siewert. Outro ponto relevante neste contexto: nem sempre a posição dos acionistas, que precisa ser levada em consideração, está em sintonia com a diretoria executiva da companhia.
Foto: Sinsej, arquivo, divulgação