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Análise: Os 289 anos de Florianópolis e o ano decisivo para o prefeito César Souza Junior

O 23 de março de 2015 marca a passagem dos 289 anos da Capital Catarinense. Há uma extensa programação pela cidade, com destaque para o Parque de Coqueiros, e mais uma edição de eventos já tradicionais, como o Ricaldinho da Ilha, do colega jornalista Ricardinho Machado.
Na seara administrativa, o prefeito Cesar Souza Junior (PSD) vem inaugurando obras, como a recente entrega de melhorias em três centros de saúde (foto). Depois de dois anos difíceis para o jovem pessedista, as apostas recaem todas sobre 2015, pois 2016 já é ano eleitoral, talvez reeleitoral, e bastante curto e delicado sob o viés da gestão.
Ou seja, este é o ano de realizar. Cesar Junior adota estratégia semelhante a de Raimundo Colombo, seu correligionário, que usou a primeira metade do primeiro mandato para “arrumar a casa,” reservando os outros dois anos para obras e ações de maior visibilidade.
A incógnita recai sobre a questão financeira. Assim como o governador, o prefeito da Capital encontra-se bastante dependente dos recursos repassados pela União.
É inegável a boa vontade e o desejo de realizar de Colombo e Cesar Junior, mas se pergunta: será que a presidente Dilma Rousseff vai honrar os compromissos assumidos com Santa Catarina e Florianópolis?
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) foi escalado para passar a tesoura em todos os setores da gigantesca máquina federal, enxugando o orçamento e cortando investimentos e benefícios sociais. Seria a saída para tirar a contabilidade governista do vermelho e o país da ameaça iminente de recessão.
Não bastasse o aperto total no caixa, o Congresso Nacional está gestando a CPMI do BNDES, a agência federal de fomento responsável por financiamentos de grande porte. Dependendo do alcance das investigações, caso a comissão saia do papel, bloqueios podem ser inevitáveis, o que comprometeria na raiz as transferências financeiras para Santa Catarina e para Florianópolis.

 

Cesar Junior e Dário

Já no aspecto político, o prefeito aliou-se a seu antigo adversário, Dário Berger, trazendo parte do PMDB para o governo com a investidura de Deglaber Goulart na Secretaria do Continente.
Movimentação que levou o deputado estadual Gean Loureiro a se insurgir. Dono de 100 mil votos em 2012, justamente contra o atual mandatário da Capital, o peemedebista tem dito que detém o controle do PMDB de Florianópolis e que será candidato novamente a qualquer custo. Eis aí uma outra incógnita.
Neste cenário de incertezas, quem acompanha tudo de camarote é a ex-prefeita Angela Amin (PP). Se o PMDB fechar com Cesar Junior para a eleição do ano que vem – o que colocaria o prefeito e o senador Dário Berger no mesmo palanque – Angela pode voltar com tudo ao cenário. Até porque, o deputado João Amin não é mais o vice-prefeito. Renunciou para assumir a cadeira na Alesc. A história, inclusive a recente, ensina que a união de antigos algozes (como Dário e Cesar Junior) pode produzir resultados imprevisíveis. Em 2012, Carlito Merss e Marco Tebaldi – adversários ferozes durante toda a vida – se aliaram a Kennedy Nunes, que disputava a prefeitura de Joinville contra o estreante na política, Udo Döhler. E detalhe: Kennedy não se dava nem com Carlito nem com Tebaldi. O eleitor não engoliu a mistura aliada e descarregou votos no candidato de Luiz Henrique da Silveira.

Foto: Petra Mafalda, PMF, divulgação – externa, divulgação

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