A Câmara dos Deputados instalou nessa quarta-feira a Comissão de Medicamentos Formulados com Cannabis, que tem como objetivo analisar a legislação que regulamentará a produção, comercialização, formulação e utilização de remédios produzidos a partir da planta cannabis sativa, utilizada em diversos países do mundo no tratamento de doenças como autismo, epilepsia, ansiedade, depressão, esclerose múltipla, demência, dor crônica e náuseas por quimioterapia de pacientes com câncer, entre outras.
Única representante de Santa Catarina na Comissão, a deputada federal Angela Amin foi eleita vice-presidente da Comissão. Na avaliação da deputada, o assunto exige um debate de alto nível, amparado nos resultados concretos apresentados pela ciência, longe das questões ideológicas e do preconceito que quase sempre acompanham as discussões sobe o uso terapêutico da substância.
Atualmente, milhares de famílias precisam recorrer à Justiça para ter acesso a medicamentos produzidos à base de canabidiol, o que, no entendimento de parlamentares, viola o princípio constitucional do acesso à saúde.
Durante a reunião, um dado chamou a atenção: além de apresentar resultados concretos e comprovados em pacientes, a indústria de medicamentos formulado a partir da cannabis movimenta só nos Estados Unidos mais de 22 bilhões de dólares por ano. Ou seja, além da questão da saúde, a regulamentação desse tipo de medicamento no Brasil representará ainda geração de emprego e renda, destaca a deputada catarinense.