O ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, avalia o quadro pré-eleitoral depois do brusco e inacreditável movimento de Moisés da Silva, que o comunicou que não o quer como vice em sua chapa à reeleição.
O fato é que o empresário está retomando seu contato com as bases do partido depois de ter retornado à condição de pré-candidato ao governo. O primeiro roteiro será já nesta sexta-feira em Chapecó. O jaraguaense participará do lançamento das pré-candidaturas a deputado de Cleiton Fossá e Leandro Sorgatto.
A velha guarda do MDB, exceções feitas a Eduardo Moreira e Paulo Afonso Vieira, está fechada com o pré-candidato. Estamos falando de nomes como Renato Vianna, Neuto de Conto e Ronaldo Benedet. Este último, aliás, sempre foi muito ligado a Eduardo Moreira. Dois dos três deputados federais do partido também fecharam com Antídio Lunelli. São eles Carlos Chiodini e Rogério Peninha Mendonça.
Considerado-se que o outro deputado federal da legenda, Celso Maldaner, voltou da conversa com Moisés da Silva todo risonho, sendo que logo depois Antídio Lunelli ouviu o não do governador, ficou a sensação de que Maldaner mudou de lado. Teria se acertado com o chefe do Executivo estadual? A conferir os próximos movimentos e se Maldaner passará a estar em sintonia com a balada de deputados estaduais e prefeitos do MDB. Tudo indica que sim.
Bispos e torres
Outros aspectos importantes neste xadrez emedebista. Com Celso Maldaner concorrendo ao Senado, fica liberada a região Oeste para a candidatura a federal de Valdir Cobalchini, hoje o líder da bancada do MDB na Alesc.
Xeque
Num mesmo lance, evita-se o lançamento do nome da ex-prefeita de Maravilha, Rosi Maldaner, que vem a ser esposa de Celso, a deputada estadual. Recuo que favorecerá o projeto reeleitoral do ex-presidente da Assembleia, Mauro de Nadal.
Rei e peões
Trocando em miúdos: é toda uma equação proporcional que enseja esse desfecho na majoritária. Em seu novo ciclo de roteiros por Santa Catarina, Antídio vai deixar isso tudo muito claro aos correligionários. Importante lembrar que o emedebista lá da ponta, das famosas e não menos importantes bases, quer candidatura própria este ano.
Conexão
Edinho Bez, o presidente interino do MDB Barriga-Verde, recebeu a visita de Moisés da Silva na terça-feira, na sede do partido, e nesta quinta vai a Jaraguá do Sul avistar-se com Antídio Lunelli.
Ajuste fino
Restam poucas dúvidas de que Bez já está atuando na sintonia de Celso Maldaner. Ele só ascendeu ao comando partidário neste momento importante com a licença do titular, o próprio Maldaner.
Tripé
Isso quer dizer, ainda, que sobraram três nomes para a indicação ao Senado. Celso Maldaner, Rogério Peninha Mendonça e Paulo Afonso Vieira. Aqui, abrimos um parêntese. Se o ex-governador mantiver o nome até o fim e for para a convenção será para perder novamente. Fecha parêntese.
Amizade
A visita do governador a Edinho Bez foi para alguém que é da mesma base política, Tubarão, e para um amigo. Os dois têm relação de amizade. Apesar de esvaziada, foi uma foto que sinalizou que Moisés disse não a Antídio Lunelli e que continua querendo o MDB na sua chapa.
Muitos gestos
Por fim, importante pontuar, também, que Antídio Lunelli renunciou ao mandato, teria ainda dois anos e nove meses se continuasse à frente da Prefeitura de Jaraguá do Sul, para buscar a indicação do MDB ao governo. Alistou-se nas prévias e foi aclamado pré-candidato. E praticou o gesto para pacificar o MDB, aceitando ser vice do governador.
Padrinho
Estes fatos levam cabeças coroadas do Manda Brasa a raciocinar que a saída salomônica e com alguma honra para Antídio seria ele indicar, ungir, abençoar um novo nome para vice de Moisés. Alguém do Norte e próximo a ele. Seriam, portanto, duas opções: Carlos Chiodini e o ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler. A conferir os desdobramentos!