A APRASC, que representa policiais e bombeiros militares da ativa e da reserva, está ameaçando deflagrar uma operação padrão em Santa Catarina caso o governo não retome, nos próximos 15 dias, as negociações em torno da reposição inflacionária da segurança pública. A categoria está há mais de sete anos sem reajuste e acumula quase 50% de perdas salariais.
Na prática, a operação padrão, já aprovada em assembleia da categoria, consiste em executar o trabalho seguindo à risca todos os procedimentos, aumentando o tempo de resposta aos atendimentos.
O movimento é motivado pela PEC 186/ 2019, que tramita no Congresso Nacional, e, se aprovada, permitirá redução de salários de servidores e suspende progressões e a reestruturação das carreiras, entre outros pontos que afetam diretamente as pautas da Aprasc.
“Sempre fomos do diálogo. Mas a paciência acabou. Se essa PEC for aprovada serão mais alguns anos sem qualquer reposição, o que seria um caos para a segurança pública. Por isso é preciso retomar urgentemente as negociações com as associações”, alertou o presidente da Aprasc, subtenente da reserva da Polícia Militar, João Carlos Pawlick.
Vice-presidente da APRASC, o Sargento Facenda reforçou que os policiais e bombeiros militares já sofrem com quase 50% de perdas salariais. Nosso poder de comprar é corroído a cada ano. Mesmo assim, a tropa está firme no combate à pandemia no momento mais grave, sujeitos ao sério risco de contaminação e fora do grupo prioritário de vacinação. O governo não irá se mexer?”, criticou.