Ultimamente, um dos mantras que se ouve nos bastidores é a possível fusão entre o PSD e o DEM no contexto nacional. Trazendo essa hipótese para Santa Catarina, a realidade é que a única grande liderança do DEM no Estado é o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro. Essa parolagem em torno da fusão pode, ao final das contas, servir como pretexto para o próprio Gean deixa o DEM e migrar para o PSD, terceira maior catarinense. Sempre lembrando que o PSD, inclusive aqui em Santa Catarina, surgiu de uma dissidência do Democratas.
O que se comprovaria que, ao sair do MDB, o alcaide florianopolitano escolheu mal seu novo partido. O DEM definha a olhos vistos, a começar pelo Rio de Janeiro, onde o prefeito Eduardo Paes (que, aliás, alistou-se no PSD) e o deputado Rodrigo Maia já desembarcaram.
Vários deputados federais estão avaliando seriamente seguir o mesmo rumo.
Neste contexto, só faria sentido mesmo a migração do prefeito para as hostes pessedistas. Este flerte já está virando namoro. Se vai dar em casamento, é outra história.
Mesmo que Gean assine ficha no PSD, o grande nome do partido para a eleição majoritária em 2022 é o de Napoleão Bernardes.
Não custa lembrar que de Florianópolis só saiu um governador no período pós-democratização. Esperidião Amin, que governou duas vezes, em intervalos bem distantes entre uma e outra gestão.
A grande verdade é que dificilmente a Capital elegerá novamente um governador. O restante do Estado vê Florianópolis como uma ilha da fantasia, que suga até o sangue dos trabalhadores das demais regiões (o que não é a realidade absoluta; diria parcial, mas é assim que se consolidou a imagem da Capital para o restante dos catarinenses).
foto>Fanpage, reprodução, Arquivo