O Ministério Público Federal de Santa Catarina emitiu contundente, incisivo parecer contrário à suspensão das investigações relativas à Operação Alcatraz. A Procuradoria manifestou-se por solicitação da 1ª Vara da Justiça Federal da Capital depois da canetada do presidente do STF, Dias Toffoli, que mandou suspender todas as investigações de combate à corrupção baseadas em dados do Coaf e da Receita Federal sem autorização judicial específica.
Os procuradores que assinam o despacho classificaram a hipótese de suspensão dos trabalhos investigativos, no âmbito da Alcatraz, de descabida. “A investigação realizada nos presentes autos não se enquadra no paradigma invocado pelo ministro presidente do Supremo Tribunal Federal nem nos termos da decisão proferida por ele.”
O MPF também é contrário aos pedidos de soltura dos investigados. O posicionamento firme, cristalino, certamente dará lastro à juíza Janaína Cassol, que decidirá, em primeira instância, se as investigações devem ou não prosseguir e se os detidos temporariamente continuarão ou não atrás das grades.
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Os componentes da força-tarefa do Ministério Público Federal em Santa Catarina que conduzem as investigações relacionadas à Operação Alcatraz e que assinaram o parecer enviado à Justiça Federal são os procuradores da República Alisson Campos (coordenador), Lucas Aguillar Sette, Rodrigo Lima e Mário Ghannage Barbosa.