Investigação havia nascido da delação de executivos da Odebrecht Ambiental à Operação Lava-Jato
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, arquivou, no dia 6 de dezembro, o inquérito que investigava supostos repasses irregulares da Odebrecht Ambiental à campanha do ex-prefeito Napoleão Bernardes (PSDB), em 2012.
Além de Napoleão, o senador Dalirio Beber (PSDB) havia sido citado na delação premiada de Paulo Welzel, diretor da empresa.
Há três meses, a Procuradoria Geral da República pediu o arquivamento do inquérito no Supremo Tribunal Federal, que há mais de um ano e meio, investigava o senador Dalirio, no caso das delações da Odebrecht. A manifestação partiu da Procuradora-Geral da República, Raquel Elias Ferreira Dodge, em 10 de setembro de 2018 e sua justificativa foi a “inconsistência da delação e absoluta falta de provas”.
A decisão da ministra atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF), para quem “mesmo esgotadas as diligências investigativas, não se formou convencimento sobre a ocorrência delitiva”.
“Desde a divulgação desta investigação, agi com absoluta tranquilidade, sempre me colocando inteiramente à disposição da Justiça, para todos os esclarecimentos necessários. Sobretudo, sempre defendi a Operação Lava Jato e a investigação de todas as denúncias, com a celeridade necessária para a clareza dos fatos. Porém, a de se ressaltar que as notícias divulgadas durante todos esses meses, mancharam meu nome, afetaram minha família, assim como de muitos outros, que têm e tiveram seus nomes associados a práticas delituosas, sabidamente inexistentes. Assim, o mal produzido à minha imagem, jamais conseguirá ser reparado”, destacou o senador ao saber nesta terça-feira da decisão do STF. Na oportunidade, Dalirio reafirmou seu propósito de continuar em defesa dos interesses de todos os brasileiros, em especial dos catarinenses.
