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Arrecadação de Santa Catarina cresce 16% em março

Análise do Sindifisco/SC mostra que desempenho positivo foi impulsionado pelos setores de materiais de construção, supermercados e transportes

Santa Catarina arrecadou R$ 2,845 bilhões em março, o que corresponde a um crescimento de quase 16% na comparação com o mesmo mês de 2020. Análise divulgada pelo Sindicato dos Fiscais da Fazenda do Estado de Santa Catarina – Sindifisco/SC nesta quinta-feira (8/4) mostra que somente o ICMS respondeu por R$ 2,215 bilhões, o que significa um crescimento em torno de 10% frente a março do último ano.

Completado um ano desde o início da pandemia da Covid-19, os números indicam mudanças no cenário econômico catarinense. Mês a mês, vem sendo observado o crescimento contínuo de setores como o de material de construção (alta de 51% em março), supermercados (32% de crescimento) e transportes (28%).

“Estes números positivos vêm ajudando a puxar o índice de crescimento do ICMS, assim como do IPVA e do ITCMD, reflexo direto da ação do Fisco no monitoramento e fiscalização. Destaque também para o trabalho de fiscalização sob responsabilidade das gerências regionais, com crescimento superior a 50%”, observa o presidente do Sindifisco/SC, auditor fiscal José Antônio Farenzena.

DESTAQUES – A análise do Sindifisco/SC mostrou ainda que em março houve destaque na arrecadação com o IPVA (36%) e o ITCMD, com crescimento de 157% na comparação com o mesmo mês de 2020. A alta na arrecadação do imposto sobre herança é atribuída ao aprimoramento da fiscalização, orientação ao contribuinte e à mudança na cobrança, que agora leva em conta outros indicadores, como por exemplo a tabela FIPE. Os chamados repasses da União também cresceram 29%. O presidente Farenzena explica que, embora tenham crescido, os repasses federais historicamente correspondem a uma pequena parcela do que Santa Catarina arrecada em tributos federais para a União. “O Estado ainda transfere muito mais para a União do que recebe em repasses constitucionais”, lembra.

AGROINDÚSTRIA – Com crescimento médio de 10% ao mês, o agronegócio se consolida como um dos grandes motores da economia catarinense. Entre as cinco maiores empresas, temos quatro agroindústrias que lideram hoje o movimento econômico no Estado, o que demonstra a importância do segmento para Santa Catarina. A análise mostra ainda que 70% das exportações são provenientes do setor agroindustrial, que também é o responsável pela geração de quase 50% das vagas de emprego no Estado. “ A agroindústria é um forte gerador de emprego e renda e puxa a alta no Estado, mas é importante lembrar que estamos vivendo um momento crítico na pandemia e o cenário deve ser desafiador em abril e maio”, alerta o auditor fiscal Sérgio Pinetti, diretor de Políticas e Ações Sindicais do Sindifisco.

QUEDAS – De outro lado, grupos econômicos que historicamente tinham forte influência no desempenho da arrecadação estão amargando perdas: exemplo é o setor de bebidas (menos 7,5% em março) e o setor de combustíveis e lubrificantes (queda de 4,7% no último mês). “Felizmente, Santa Catarina tem perspectiva econômica positiva devido à diversidade de setores, o que vem amenizando os impactos da pandemia”, observa Farenzena. Segundo ele, as notícias de paralisação de diversas fábricas em todo o País devido à Covid-19 preocupam e esse efeito também pode ser sentido em Santa Catarina.

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