“Há necessidade de liberação da agência para esse projeto. Estamos tendo reuniões constantes com eles”, disse Dutra, observando que ainda precisa ser elaborado o projeto executivo, que leva em torno de 180 dias, e que, posteriormente, tem que ser protocolado na ANTT, que tem prazo de 90 a 120 dias para análise, além da obtenção de licenças ambientais. Então, se tudo ocorrer dentro dos prazos, as obras se iniciariam entre fevereiro e março de 2024, prevê. No evento, o engenheiro Newton Gava, autor do estudo, disse que o conjunto de intervenções dará resultado rápido e são obras para estarem prontas em dois anos.
“Para o atual momento que a rodovia vive e pela necessidade de execução de obras sem muitas restrições e com menor impacto, estudamos uma proposta de implantação de terceiras-faixas em segmentos mais críticos”, afirmou Dutra, salientando que a necessidade de ampliação de capacidade da BR-101 já vem sendo discutida há bastante tempo. O estudo de tráfego anterior foi feito em 2015-2016.
Para o trecho de Balneário Camboriú, outro ponto crítico, já há obras previstas pelo Termo de Ajustamento de Conduta (terceira faixa do km 129 até o km 135 Sul, terceira faixa do km 129 até km 138 norte e rua lateral norte desde o pronto de atendimento da Barra até o Hotel Cotoni).
Em 2017, foi protocolado na ANTT o pedido para a execução de um pacote de obras que, à época, totalizava cerca de R$ 2,7 bilhões em investimentos entre Garuva e Palhoça, para melhorar substancialmente o tráfego e a segurança da rodovia. No entanto, essa proposta não foi aprovada.
Um dos pontos que preocupam a FIESC na nova proposta, apresentada nesta segunda-feira, é com relação à implantação da ponte na marginal norte do rio Itajaí-Açu. O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, defendeu que se mantenha o que está previsto na proposta original, de 2017. “Esse alargamento da ponte não é a melhor solução para Santa Catarina. Vai melhorar o tráfego, mas inibe que as empresas se instalem nas margens do rio. Não é uma solução que contempla o estado”, alertou.
“Sabemos que nesses pontos da BR-101 enfrentamos problemas muito graves de qualidade de serviços. Precisamos de intervenções”, afirmou o senador Esperidião Amin, salientando que tem que levar em conta o tempo de contrato de concessão, que vai até 2033. “Qualquer intervenção vai representar um custo adicional tarifário. Quanto mais tempo e contrato tivermos, menor será o impacto. E quanto menos tempo, maior será esse impacto”, resumiu.