O fim de ano vai chegando e o quadro de sucessão interna na Assembleia Legislativa ganha contornos bem adiantados, embora a definição só vá ocorre mesmo no começo de fevereiro de 2019.
Deputado Júlio Garcia, que tem base eleitoral no Sul do Estado e já pilotou o Parlamento estadual por quatro anos, segue à frente das costuras. Nada de braçada para falar a verdade.
Nesta semana, foi alcançada, mediante um acordo entre ele e Gelson Merisio, a unidade no PSD, partido de Garcia. Até então, a bancada estava rachada e Milton Hóbus era pré-candidato.
Ato contínuo, o bloco parlamentar PSB, PV e PRB também anunciou respaldo ao pessedista.
E a semana se encerra com as notícias de bastidores de que outros partidos, como o PT e o PSDB, também já estão fechados na fórmula proposta por Júlio Garcia.
O MDB estaria no contexto deste acordo, lutando para ter dois anos de presidência na legislatura de quatro anos. Somando tudo, Garcia contabiliza 34 votos, isolando apenas o PSL, que elegeu seis deputados.
Alinhamento
Evidentemente que o fato de Júlio Garcia ter 34 votos ou 30, ou 40 para a presidência da Assembleia não quer dizer que os deputados votarão alinhados com ele nas matérias de interesse do governo do Estado. Ele começa forte, obviamente, mas o Executivo pode ter a seu favor os projetos meritórios, que encontrão eco nos anseios da sociedade. Agora, de momento, o quadro que se desenha aponta para um governo que terá dificuldades no Legislativo como um todo.
PSL
A maioria da bancada mostra inclinação pela costura de Júlio Garcia, mas o partido pode ter perdido o timing, ficando isolado na construção da futura Mesa Diretora.
Reviravolta
O deputado estadual Ricardo Guidi, do PSD, conseguiu uma importante decisão a seu favor no Tribunal Superior Eleitoral. O ministro Admar Gonzaga Neto deu despacho favorável ao pleito dele e Guidi permanecerá na lista dos federais eleitos até o julgamento final da ação que pede a validação dos 491 votos da petista Ivana Laís. Isso significa que o pessedista será inclusive diplomado no dia 18, terça-feira.
Imbróglio
Pelo placar apertado de 4 a 3, o TRE reconheceu, na semana passada, a votação da petista, o que levou outra deputada, Ana Paula Lima, sua correligionária, a ser considerada eleita.
A decisão liminar de Gonzaga Neto vira o jogo novamente a favor de Guidi. Lembrando que o ato da diplomação fortalece política e juridicamente o diplomado.
Homenagem
A ampla sala do Senado conhecida como o cafezinho dos senadores passará a se chamar Luiz Henrique da Silveira. O local é tradicional em Brasília. Ali, são recebidos os visitantes da Casa. Os senadores também costumam interagir com os jornalistas naquele espaço. O projeto, de autoria do senador Paulo Bauer, foi aprovado por unanimidade. Foi a última proposta do tucano, que se despede do Senado homenageando aquele que foi fundamental para a conquista da cadeira lá em 2010.
Homenagem
Outro homenageado desta semana foi o Auditor Geral do governo, Augusto Piazza. Ele recebeu uma placa dos demais servidores em reconhecimento ao trabalho de oito anos. Neste período, segundo Piazza, foi conquistada uma economia de R$ 180 milhões aos cofres públicos!